Operação Explana: Polícia Civil de Brumado identifica novos perfis com ameaças contra escolas

Foto: Divulgação

Em 16 de março de 2023, a Polícia Civil de Brumado, cumpriu um mandado de busca e apreensão no Bairro Olhos D’água em continuidade às investigações que se iniciaram em 03 de dezembro de 2022, ocasião em que a Polícia Judiciária tomou conhecimento que um perfil do Instagram estava sendo usado para fazer fofocas e praticar crimes contra a honra de diversos adolescentes estudantes das escolas de Brumado. “Explana” são perfis clandestinos criados nas redes sociais, cujo único propósito é fazer fofoca entre adolescentes praticando crimes de difamação e cyberbullying. Em decorrência dessa busca e apreensão, foram identificados alguns dos responsáveis pela criação daquele perfil. Na época, no dia 07 de dezembro de 2022, os administradores praticaram crime de difamação contra funcionário público no exercício de suas funções, porque publicaram um “story” dizendo: “ ENTÃO SR. DELEGADO E TODA POLÍCIA DE MERD# DESSA CIDADE (...)”. Segundo a Polícia, dando continuidade às investigações, outros dois perfis no Instagram do tipo explana, utilizados para aquela mesma finalidade, foram identificados pela polícia investigativa. Já no dia 24 de abril deste ano, eles foram removidos e bloqueados pelo Instagram por decisão judicial decretada pela Vara Crime da Comarca de Brumado a partir de representação cautelar feita pela Polícia Civil. "Um desses perfis até publicou story no dia 19 de abril de 2023 fazendo chacota sobre seguranças contratados por escolas em meio à onda de ameaça de atentados".

 

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Conforme a Polícia, estes perfis vinham agindo de forma anônima, expondo fotos, nomes e arrobas de adolescentes e estudantes com informações de suas vidas íntimas, praticando crimes contra a honra sob o pretexto de ser “a maior fonte de entretenimento”, além de rivalizar alunos das escolas; estipulava datas para novas publicações de stories com fofocas difamatórias ou às condicionava caso chegasse a um certo número de seguidores. "Foi identificado que tais perfis possuem diversos administradores (adm), cada um com função específica nos arrobas: fazer cibersegurança, filtrar fofocas recebidas, fazer arte dos 'feeds' e 'stories', efetivar a publicação. Portanto, todos eles praticaram também o crime ou ato infracional ao crime de associação criminosa, cuja pena de prisão pode chegar 4 anos e meio por haver participação de menor de idade". Ainda de acordo com a Polícia, as investigações ainda estão em continuidade pela Delegacia com a finalidade da identificação de todos administradores. "Identificou-se que esses perfis são, na sua totalidade, alimentados por ódio e fofocas “anônimas” repassadas pelos próprios estudantes e menores de idade que, cedo ou tarde, acabam virando vítimas e são expostas nas redes sociais". Conforme a Polícia, como em qualquer crime, os delitos praticados em ambiente virtual deixam vestígios e o autor pode ser identificação pela polícia. "É de fundamental importância que os pais e responsáveis monitorem o que seus filhos fazem no mundo virtual".

 

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