Bullying Digital: Justiça bloqueia perfil 'Explana' com ofensas em Brumado

Foto: Reprodução

Uma nova modalidade de cyberbullying está gerando uma grave crise de depressão no Brasil. Em perfis nas redes sociais, principalmente seguido por alunos de escolas pública ou privada, estão mexendo com a cabeça de adolescentes. Uma reportagem da Extra mostrou que eles usam diferentes prefixos, alguns com siglas e nomes e fotos de unidades escolares agregados, os perfis viram febre. Além de fazer fofoca, se propõem a difamar pessoas. São criados sobretudo no Instagram, mas já chegaram ao Facebook e ao Twitter. Uma tática para evitar que sejam retirados do ar, tem sido priorizar as chamadas stories, que somem em 24 horas. O cyberbullying é a modalidade virtual do bullying, que é identificado pelas intimidações repetitivas entre crianças e adolescentes, mas com características próprias, pois tem um efeito multiplicador e de grandes proporções quando acontece na web. Em Brumado, a Polícia Civil, por meio da 20ª Coorpin, informou ao site 97NEWS no qual as investigações apontaram que um perfil do Instagram estava sendo usado para fazer fofocas e praticar crimes contra a honra de diversos adolescentes estudantes de duas escolas particulares da cidade. Segundo o Delegado da 20ª Coorpin, Paulo Henrique, após representação cautelar feita pela Polícia Civil, pedindo o cancelamento do perfil, na última segunda-feira (05), a empresa META, gerenciadora do Instagram, deu cumprimento a decisão judicial exarada pelo Poder Judiciário da Comarca de Brumado, que determinou o bloqueio e cancelamento da conta, sob multa diária de R$50.000,00 em caso de descumprimento. 

 

 

Foto: Divulgação l Polícia Civil

Ainda conforme a Polícia, o perfil, agindo de forma anônima, divulgava fotos, nomes e arrobas das vítimas com informações de suas vidas íntimas além de difamá-las sob o pretexto de ser “a maior fonte de entretenimento”, além de rivalizar alunos destas duas escolas, estipulava datas para novas publicações de "stories" com fofocas difamatórias ou as condicionava se chegasse a um certo número de seguidores. "Cyberbullying não é um [entretenimento] e pode trazer consequências prejudiciais para todos: vítimas, agressores e testemunhas. Quem assiste, rindo, ignorando ou ajudando a compartilhar, também participa da violência", disse o Delegado. Conforme Paulo Henrique, as vítimas desse perfil que se sentiram difamadas ou ridicularizadas podem procurar a Delegacia para serem ouvidas no inquérito. "Caso haja identificação dos responsáveis, elas também poderão ajuizar ação de indenização por danos morais". De acordo com a Polícia, as investigações continuam em andamento para se tentar chegar ao autor das publicações.

 

Foto: Reprodução l Rede Social