Grupo de missionários vão atuar no presídio de Brumado

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

Em entrevista ao site 97NEWS nesta quarta-feira (26), a missionária Ruth Tesche Schineider, 67 anos, natural de Maringá (PR) falou sobre um grupo de missionários que está sendo formado em Brumado, Sudoeste da Bahia, para atuar no conjunto prisional da cidade. O presídio ainda não tem data para receber detentos, mas já está funcionando. A previsão é que, até o fim deste ano, a unidade receba cerca de 300 detentos, sendo sua capacidade total para 504 internos. Com toda essa estrutura funcionando, é necessário um apoio espiritual aos que cumprem pena e aos seus familiares. É com este objetivo que a missionária Ruth Schineider, que descendente de alemães, no qual há mais de 30 anos desenvolve Ministério nas prisões no norte do Paraná, veio até Brumado. Ao longo desses 30 anos, seu ministério já contribuiu para a transformação da vida de mais de 2 mil presos. Conhecida como a "Mãe Ruth" pelos presidiários, ela conta que já atuou em diversos conflitos. "24 horas do dia pra mim é pouco, sempre tem pedido pra juízes, eu preciso intermediar junto à eles documentação e também faço visitas às famílias", conta. 

 

Ruth Tesche Schineider (esquerda) - Foto: Luciano Santos l 97NEWS

Ao contrário do que se possa imaginar, Ruth não é uma autoridade na área de segurança pública nem membro do poder judiciário. O que explica o fato de uma funcionária pública aposentada, de 67 anos, ter participação em casos como esse é a autoridade que ela conquistou ao longo das décadas junto aos presos. Ruth contou que no início a rejeição era grande, mas quando a palavra de Jesus é direcionada a cada um de maneira simples e amorosa, todos passam a caminhar com a fé. "E quando eu oro por esses 'meninos' [detentos] eu imagino o que Jesus sofreu por mim na cruz. Eu sou uma pecadora tanto quanto eles, e quando o amor de cristo me constrange, eu preciso fazer o que ele pediu pra fazer", disse. Em Brumado, por meio da Igreja Adventista do 7º Dia, Tesche formou uma equipe com 12 pessoas, as quais vão realizar a evangelização, dentro do presídio e fora dele, junta às famílias. "Eles vão trabalhar dentro e fora das unidades prisionais, levando bem estar espiritual, social, bem como suporte para as famílias carentes dos detentos. Nosso lema é: 'Se tiver que deixar marcas, que sejam marcas de amor'. Só podemos transformar uma sociedade com a ajuda de todos, o Estado faz sua parte, a sociedade a sua e a Igreja também, claro dentro das autorizações de cada setor", destacou.