Bahia: Redução de vagas e do tempo de diálise põem tratamento de pacientes renais em crise

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

Mais de 15 mil pacientes renais estão em tratamento ou necessitando de atendimento médico no estado da Bahia. As informações são do site Bahia Notícias. Porém, acolhido em grande parte por uma rede composta por hospitais filantrópicos e unidades credenciadas ao Sistema Único de Saúde (SUS), o público tem enfrentado problemas que colocam em risco a continuidade das suas próprias vidas. De acordo com a Associação de Defesa dos Pacientes Crônicos Renais (Renal Bahia), o número de pessoas que necessitam da rede de atenção aumentou devido à Covid-19, tanto pelo negligenciamento dos tratamentos que estavam em curso antes da crise sanitária quanto pelos efeitos colaterais pós-infecção -- um um acréscimo de 46%, devido a sequelas da doença. O público é formado por pessoas novas, de 20, 25, 30, até 40 anos. Segundo a Renal Bahia, as clínicas e unidades de saúde que prestam o serviço têm visto um aumento no valor dos insumos e uma possibilidade eminente de um reajuste nas folhas de pagamento dos profissionais de enfermagem, ao mesmo tempo que não há um reajuste na tabela de remuneração repassada pelo SUS. O reflexo tem sido sentido com as recorrentes ameaças de fechamento proferidas pelas unidades que realizam hemodiálise e com a redução do tempo de duração das sessões, diminuído de 3 para 4 horas em locais no interior e na capital. Conforme a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), comparado ao ano de 2012, houve um aumento de 67% no número de sessões na Bahia. Se há uma década o quantitativo era de 775.270 sessões, entre julho de 2021 a junho de 2022 esse quadro foi de 1.160.260 sessões.