Brumado: Recenseadores ameaçam entrar em greve e desistência do Censo 2022

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

Há pouco mais de 20 dias nas ruas do Brasil, o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) enfrenta ameaça de greve entre os recenseadores, milhares de desistências e dificuldade para contratar novos trabalhadores. O déficit de recenseadores prejudica o andamento da coleta, que está abaixo da média nacional. Em nota, o IBGE reconhece a dificuldade de contratar. Com relação às queixas dos trabalhadores, o instituto afirma que "os pagamentos aos recenseadores já foram regularizados em sua ampla maioria" e que demandas residuais estão sendo resolvidas caso a caso. Em Brumado, a categoria também está insatisfeita e promete aderir a paralisação nacional prevista para o dia 01 de setembro em todo país. 

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Em contato com o site 97NEWS, uma recenseadora que preferiu não se identificar, relatou que as principais reivindicações são: O não recebimento de ajuda de custo; recebimento do valor dos setores já finalizados; retornar a setores já finalizados atrás de datas de nascimentos de moradores; retorno domiciliares, mesmo depois das quatro tentativas prescritas em edital e aumento da taxa de pagamento. "Estamos tentando um diálogo com o IBGE, lançamos uma carta aberta ao presidente nacional da fundação e estamos pedindo que o instituto olhe para nossa situação", diz a recenseadora. Caso as necessidades não sejam atendidas, ela afirma ainda que a greve não está descartada. "Mas, realmente, se não formos ouvidos, pretendemos fazer um movimento paredista, não só em Brumado, mas um movimento nacional", afirma. Ainda em nota, o IBGE reconhece o papel fundamental dos recenseadores e dos outros servidores temporários para o sucesso da operação do Censo. Neste sentido, está atento às condições no processo de coleta e ao bem-estar destes servidores, respeitados os limites legais e orçamentário", disse o IBGE.