Brumado: 'Os Sindicatos devem se reinventar', diz diretor da Fecombase

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

O movimento sindical do Brasil está em uma situação de "sono profundo", mas tem recursos para renascer e voltar a tomar uma postura ativa, disse o diretor da Federação dos Empregados no Comércio de Bens e Serviços do Estado da Bahia (Fecombase), Joir Sala, em entrevista ao site 97NEWS. "O diretor sindical ele tem que sair do seu gabinete e ir de encontro com o trabalhador. O sindicato hoje tem que mudar toda sua filosofia e se reinventar para sobreviver e ajudar o trabalhador", disse. Durante 4ª Plenária Sindical dos Comerciários do Oeste, Sudoeste e Chapada Diamantina, realizada neste final de semana em Brumado. Ele destacou sobre os impactos da reforma trabalhista que começou em 2017, ainda no governo de Michel Temer. Conforme Joir, os sindicatos previam que viveriam um forte impacto, com a eliminação da obrigatoriedade do imposto sindical e da homologação trabalhista. "A reforma trabalhista tirou esse dever e a obrigação da homologação, justamente para enfraquecer os sindicatos. Aquele momento da homologação,  sindicato passa a ser fiscal da rescisão do trabalhador, verificando se tudo está certo. Então com a reforma, foi tirada essa homologação", ressalta o diretor da Fecombase o qual ainda afirmou que mesmo sem a obrigatoriedade da homologação, as empresas comprometidas podem continuar o processo. "A empresa que se preza, ela pode procurar o sindicato para homologar. Porque inclusive vai dar uma certa garantia a empresa, na qual ele tem a chancela do sindicato em aprovar aquela rescisão, de forma transparente", diz Joir Sala.