Após a moradora Zilda Maria de Jesus, denunciar dois possíveis descasos do SAMU 192 à idosos no bairro Urbis 2, em Brumado (veja aqui), o coordenador de enfermagem do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Luiz Carlos Russo, negou que os profissionais teriam negligenciado a ocorrência. Segundo ele, o que houve na verdade foi uma solicitação da família na última segunda-feira, dia 09, pelo telefone de emergência, mas não conseguiram. "O que foi relatado é que, quando eles ligavam o telefone chamava, mas ninguém atendia. Na realidade, nós estamos tendo uma grande dificuldade com a linha telefônica do Samu, porque em pleno século em que estamos, ainda enfrentamos um déficit em tecnologia. E a linha 192, ela nunca dá ocupada, se você ligar, vai continuar chamando, e quando o médico termina o outro atendimento, a chamada segue para o próximo atendimento. Então é interessante aguardar a chamada ser concluída", relata Russo. Ainda de acordo com o coordenador, nesse mesmo dia da ocorrência, o secretário de saúde do município havia ligado pra ele questionando se havia problemas com a linha de telefone. "Ao saber pelo secretário da ocorrência, nossa equipe conseguiu o endereço e se deslocou ao local", afirmou.
Conforme Luiz, problemas com operadoras de telefonia na região, tem prejudicado os atendimentos do Samu 192. "Nós chegamos a realizar testes com diversos celulares de várias operadoras, e muitos deles chamavam no celular, mas no telefone da Central do Samu não se completava a chamada. Em seguida ligamos para o técnico da operadora [Oi] e eles conseguiram detectar o problema. Mas isso tem sido recorrente em nossa região", relata Carlos. Com relação a morte do idoso, o coordenador afirmou que mesmo enviando uma unidade avançada do Samu, o paciente veio a óbito. "Inclusive quando a unidade chegou ao local, já tinha um médico na casa, o que constatou o óbito. Infelizmente, houve a falha pela operadora e não por conta do Samu 192", disse Russo. Sobre os questionamentos durante o atendimento, Luiz Carlos relatou que é um protocolo de todas as Unidades de Samu do Brasil. "Os questionamentos são para agilizar o atendimento, como: que tipo de ambulância enviar, qual a ocorrência e com relação aos trotes. Se essa ocorrência se trata de um trote ou não?. Além disso, outro fator é a segurança da equipe, ninguém vai sair pelas ruas em alta velocidade, existe todo um protocolo de segurança", afirma o coordenador de enfermagem da unidade do Samu 192, em Brumado.
