'É precoce desobrigar uso de máscaras', diz brumadense e professor de Universidade Federal

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

Há alguns meses, governadores vem discutindo a flexibilização do uso da máscara durante a pandemia da Covid-19 em alguns ambientes. Cerca de 17 Estados e o Distrito Federal já flexibilizaram o uso da máscara. O Estado da Bahia, anunciou para abril a flexibilização. Entretanto, o professor brumadense que atualmente faz parte do corpo docente da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Diego Tanajura, um dos nomes de destaque do Brasil em pesquisas de testes e ensaios pré-clínicos de vacina, ele considera precoce desobrigar o uso de máscaras. Em entrevista ao site 97NEWS, Tanajura avalia que existem dois pontos no qual devem ser discutidos. "O primeiro ponto é que, em ambientes abertos, realmente já temos um segurança. Então já pode ser discutido a desobrigação do uso da máscara, justamente porque boa parcela da população está com a imunização completa, ou seja com três dose. Já o segundo ponto é com relação a ambientes fechados, porque a aglomeração será inevitável, então se faz necessário o uso da máscara nesse tipo de ambiente", afirma. O professor ainda faz um alerta aos idosos, que mesmo sendo flexível o usos da máscara, é necessário que o público da terceira idade permaneçam com a proteção. "A gente sabe que os idosos respondem menos às vacinas, então por conta disso, a Sociedade Brasileira de Geriatria recomenda que em ambientes fechados os idosos mantenham o uso da máscara", diz. Ele ainda estende a preocupação ao ambiente escolar. "É importante que as escolas mantenham a obrigatoriedade do uso da máscara, é um ambiente fechado e as vezes com ar condicionado. Então, essa progressão da flexibilização deve acontecer aos poucos", disse. O governo federal já fala em uma possível reclassificação da pandemia para endemia, mas o professor acredita que isso pode demorar um pouco. "Não é um Decreto que vai definir a mudança da Pandemia para Endemia. Isso só será possível com atitudes. ou seja, doses de reforço contra o vírus na população, conscientizar quem não tomou a vacina e assistência no que se refere a prevenção, quando haver um retorno da doença", alerta. Diego ainda chama a atenção para as novas variantes do coronavírus. "Existem no mundo até mistura de duas variantes, Ômicron com a Delta, tem a subvariante da Ômicron. Então, essas variantes surgem por conta da imunização pelo mundo que ainda sofre desigualdade. Se você observar o continente Africano, duas variantes importantes surgiram na Africa. E elas surgem porque tem países que ainda não conseguiu vacina 5% da população com a primeira dose. Isso é muito pouco", lembra. Para o professor, a universalização da vacina é o ponto fundamental para o fim da pandemia.