Brumado: Sacerdote denuncia intolerância religiosa e invasão em terreno de templo religioso

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

A Sociedade Floresta Sagrada Do Alto De Xangô, na qual é representada pelo líder religioso de matriz africana Dionata de Jesus Silva, "Dionata de Xangô, fez sérias denúncias de invasão de terras e contra atos de intolerância religiosa por parte invasores. Em entrevista ao site 97NEWS, o sacerdote esclareceu que um pedido de liminar a antecipação de tutela foi feita ao Tribunal de Justiça da Bahia, no intuito de impedir a continuidade da invasão. "Infelizmente estamos sofrendo invasões a muito tempo, já acionamos o judiciário e temos liminar favorável a instituição, mas infelizmente a liminar que o juiz determinou não está sendo cumprida. Estamos vivendo dias de horror na qual no último dia 31 de janeiro nos deparamos com máquinas trabalhando às escondidas na mata", afirmou o sacerdote. Nas imagens que foram disponibilizadas pelo líder religioso, uma grande área de mata preservada já foi derrubada por retroescavadeiras. 

 

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

O religioso ressalta que além da invasão, a intolerância religiosa foi cometida com a destruição de um santuário do local. "Não bastando a invasão, eles agora estão adentrando na área do [Castelo Alto de Xangô], uma área ambiental que a gente sempre protegeu. Destruíram um monumento sagrado no fundo da mata, quebraram tudo. Estamos sendo atacados por pessoas que se intitulam donos [daquela terra], tentando enganar o judiciário informando que são donos, o que não é verdade. Nós do Centro Cultural Alto de Xangô e da Floresta Sagrada Alto de Xangô temos a posse mansa e pacifica a mais de quinze anos da área, então é desesperador", relata Dioanata, em entrevista ao 97NEWS. Ele destaca que os praticantes de religiões de matriz africana de Brumado e Região atualmente convivem com dois medos diante desta situação: da intolerância religiosa praticada pelos invasores e pela destruição da mata nativa, com árvores centenárias do local. "Eu quero informar a população, não compre terreno naquela região, é uma área federal na qual pertence ao Incra, é da União. Você vai perder dinheiro, e nós vamos lutar até o fim para que isso não aconteça", disse o sacerdote.