Brumado: Trabalhadores da Endicon são demitidos e temem 'calote' de empresa

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

A situação dos trabalhadores da Endicon, em Brumado, continua sob forte atenção. Na manhã desta sexta-feira (14), o sindicato que representa a categoria, fez mais um manifesto com apoio dos profissionais em frente a sede da empresa, que fica localizada na Avenida Lindolfo Azevedo Brito. Segundo a representante do Sindicato, Vandalva Rosa, a empresa vem enfrentando problemas com os trabalhadores há muitos meses, como salários atrasados, FGTS, ticket e outros. "Nossa luta vem de muito tempo com esta empresa. Conseguimos solucionar algumas das questões relacionadas ao cumprimento de direitos, mas outras seguem pendentes e novos problemas surgiram nos últimos dias que deixaram a categoria mais apreensiva", afirmou ao site 97NEWS. De acordo com Vandalva, a pressão aumentou por conta da demissão em massa dos trabalhadores. "A empresa não se programa para pagar a rescisão, elas estão sem datas para ser pagas. Por lei, a empresa tem dez dias para fazer este pagamento, e hoje [14] se completa os dez dias e não foi pago", disse. Para ela, a empresa precisa dar uma solução urgente aos trabalhadores. "A empresa tem que se posicionar e pagar as verbas rescisórias e não aceitar que o trabalhador assine algo que vai lhe prejudicar no futuro", diz. 

 

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

Paralelamente a esses problemas, outra situação intensificou a preocupação dos trabalhadores da Endicon é com relação à outros municípios, no qual ela também enfrenta dificuldades em pagar seus colaboradores. "Em Itabuna por exemplo, ele fez um acordo, chamou o Sindicato e não está cumprindo. É por isso que estamos aqui", afirma a representante do Sindicato. Ainda na manhã desta sexta-feira, os trabalhadores bloquearam a entrada da empresa, numa forma de protesto. Ao site, o trabalhador Gediel Lopes contou que tem profissionais da empresa que não recebem salários desde o mês de novembro do ano passado. "Tem colegas aqui que desde novembro não recebem os salários. Além dos tickets que também não entrou na conta, nós temos contas a pagar, temos compromissos, somos pais de família e esperamos que a empresa cumpra com os compromissos dela", relatou. Conforme o trabalhador, a categoria teme a saída da empresa na "calada da noite". "Eles demitiram cerca de 80% dos trabalhadores, então a empresa mais uma vez pode deixar a cidade sem que ninguém saiba", afirmou Lopes.