Infectologista da Clínica Mais Vida fala sobre o Dia Mundial de Luta contra a AIDS e a importância do diagnóstico precoce

Foto: Divulgação

No dia 1° de dezembro, vários países comemoram o Dia Mundial de Luta contra a Aids. Essa data foi instituída como forma de despertar a necessidade da prevenção, promover o entendimento sobre a doença e incentivar a análise sobre a aids pela sociedade e órgãos públicos. No Brasil, a data começou a ser comemorada no final dos anos 1980, envolvendo os governos federal, estaduais, distrital e municipais e organizações sociais. O infectologista da Clínica Mais Vida explica que a aids é a doença causada pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Esse vírus ataca o sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os 
linfócitos T CD4+. O vírus é capaz de alterar o DNA dessa célula e fazer cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção. 

AIDSHIV

Dr. Augusto Nunes esclarece que nem todo indivíduo que vive com o vírus chega a desenvolver a síndrome. Isso acontece por conta das variações dos sistemas imunológicos de cada pessoa ao combater o HIV. Pontua que o vírus HIV se insere dentro do DNA destas células e faz milhões de cópias de si mesmo, rompendo a célula em busca de outras para continuar a infecção. Já a AIDS (da sigla em inglês, síndrome da imunodeficiência adquirida) é o estágio mais avançado desta infecção, porque o vírus, ao destruir as células de defesa, deixa o organismo mais vulnerável a diversas doenças. A transmissão do HIV e, por consequência da AIDS, acontece das seguintes formas: sexo vaginal sem camisinha; sexo anal sem camisinha; sexo oral sem camisinha; uso de seringa por mais de uma pessoa; transfusão de sangue contaminado; da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação; instrumentos que furam ou cortam não esterilizados. Um fator bastante importante é que os pacientes soropositivos, que têm ou não AIDS, podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomam as devidas medidas de prevenção. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações. O especialista da Clínica Mais Vida explica que quando ocorre a infecção pelo vírus causador da aids, o sistema imunológico começa a ser atacado. E é na primeira fase, chamada de infecção aguda, que ocorre a incubação do HIV (tempo da exposição ao vírus até o surgimento dos primeiros sinais da doença). Esse período varia de três a seis semanas. E o organismo leva de 30 a 60 dias após a infecção para produzir anticorpos anti-HIV. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebida. A próxima fase é marcada pela forte interação entre as células de defesa e as constantes e rápidas mutações do vírus. Mas isso não enfraquece o organismo o suficiente para permitir novas doenças, pois os vírus amadurecem e morrem de forma equilibrada. Esse período, que pode durar muitos anos, é chamado de assintomático. Com o frequente ataque, as células de defesa começam a funcionar com menos eficiência até serem destruídas. O organismo fica cada vez mais fraco e vulnerável a infecções comuns. A fase sintomática inicial é caracterizada pela alta redução dos linfócitos T CD4+ (glóbulos brancos do sistema imunológico) que chegam a ficar abaixo de 200 unidades por mm³ de sangue. Em adultos saudáveis, esse valor varia entre 800 a 1.200 unidades. Os sintomas mais comuns nessa fase são: febre, diarreia, suores noturnos e emagrecimento. A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem esse nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo. Com isso, atinge-se o estágio mais avançado da doença, a AIDS. Quem chega a essa fase, por não saber da sua infecção ou não seguir o tratamento indicado pela equipe de saúde, pode sofrer de hepatites virais, tuberculose, pneumonia, toxoplasmose e alguns tipos de câncer. Atenção: Em 2017, havia mais de 20 mil pessoas vivendo com HIV/Aids em uso de antirretroviral (ARV). A adesão ao tratamento é importante para a pessoa ficar indetectável. Nessa condição a pessoa não transmite o vírus e tem grande melhoria na qualidade de vida. O medicamento está disponível para todas as pessoas vivendo com HIV/Aids. É o chamado “testou, tratou”. O fornecimento é gratuito pelo SUS. Em 2019 registra-se 46 serviços de Atenção Especializada que atendem pessoas vivendo com HIV/Aids, na Bahia. A Aids está incluída na Lista Nacional de Doenças de notificação Compulsória (LDNC), além dos casos de infecção pelo HIV, gestantes/parturientes/puérperas com HIV e de crianças expostas. O infectologista, Dr. Augusto Nunes vem observando no sudoeste e Sul do Estado da Bahia que com a concomitância das pandemias do HIV e da Covid 19, ocorreu um aumento de casos de pacientes HIV positivos sem tratamento ou com retardo de diagnóstico adequado e tratamento antirretroviral no tempo de início oportuno. “Tenho a percepção de que estamos equivocadamente diagnosticando errado, tardiamente, sem estabelecer proximidade com os casos, adequado acolhimento, aconselhamento e introdução de terapia antirretroviral imediata e adequada”. Conclui que somente um infectologista está habilitado a tratar e acompanhar pessoas convivendo com HIV. Agende sua consulta. A prevenção é a melhor forma de cuidar da sua saúde! Para maiores informações, ligue: (77) 3441-4545 / (77) 99951-4755 / (77) 3441-4500 / (77) 9.9989-6868.

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