Brumado: De ajudante de pedreiro a cabeleireiro; conheça a história de Marlon Diego

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

Há 7 anos atrás Marlon Diego, 24 anos, trabalhava como ajudante de pedreiro, e como ele mesmo vai contar ao site 97NEWS, era uma vida dura, na qual acordava às 05h da manhã para começar às 07h. "Tinha dia que chegava em casa com as costas doendo. É muito puxado, e sem contar que o dinheiro só dava para pagar as contas". Mas em um certo dia, Diego comprou a sua primeira máquina de corte para o uso pessoal. No entanto, uma amiga da igreja o chamou para cortar os cabelos dos filhos. "Aceitei o desafio e cortei os cabelos das crianças. Não ficou 100%, mas aos meus olhos agradou", disse. 

 

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

Só que a felicidade durou pouco, no oitavo corte de cabelo, a máquina quebrou. "Mas não desisti, comprei os equipamentos e resolvi colocar uma barbearia", decidiu Marlon que atendia alguns clientes na varanda da sua casa, na Rua Princesa Leopoldina, no bairro do Mercado. O atendimento informal ajudava a complementar sua renda enquanto ele se especializou assistindo vídeos no Youtube. "É aquele caso, na dúvida eu ia no youtube. E ai aparecia um corte diferenciado e o cliente logo queria fazer, mas como não sabia, tirava minhas dúvidas nos vídeos", diz. 

 

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

Com quatro anos de profissão, hoje ele inova em cortes 3D e em pintura. "Atualmente investimos muito em colorimetria, cortes 3D, caricaturas, realismo, tudo isso no próprio cabelo do cliente", afirma. O sucesso foi tanto que a agenda começou a ficar lotada. Era hora de arriscar e apostar em um salão próprio. Desbravador, ele arriscou, e montou seu próprio salão e já ministra cursos. "Como eu não tive oportunidade de pagar cerca de R$ 3 mil em um curso, hoje eu ministro o meu próprio curso com um custo bem abaixo, tudo para ajudar quem precisa entrar no mercado de trabalho", conta. 

 

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

Além disso, Marlon está ampliando o negócio e já começou a aumentar o espaço da barbearia. "A nossa construção ao lado já começou, e nosso sonho é ampliar o número de profissionais aqui, dando uma oportunidade de trabalho a quem precisa", diz. Para Diego, o que não pode acontecer é o comodismo. "Se alguém aperfeiçoa um corte, você vai além, estuda e faz melhor. Não pode parar. E o resto, é só alegria", afirma Marlon com um sorriso no rosto.