Líder religioso e ex-vereador crítica atual cenário político no Poder Legislativo de Brumado

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

Em um período em que várias crises surgem a partir da pandemia, alguns pontos se destacam na política de Brumado. Em entrevista ao comunicador Carlos Silva, o líder religioso e ex-vereador, Clóvis Fraga Amorim, apontou uma fragmentação no Poder Legislativo brumadense, no qual segundo ele, "muitos estão enxergando apenas o seu próprio umbigo". Em um primeiro aspecto, Fraga destaca a observância em alguns projetos levados à Câmara de Vereadores com ideias inovadoras, mas que segundo ele, são vetados. "O projeto social 27/2021 por exemplo, do vereador Amarildo Bonfim [PSB], eu fiquei estarrecido por parte dos nobres pares que realmente votaram no veto do projeto. Quer dizer, os vereadores não estão tendo uma visão de concordância com aqueles que realmente surgem com uma ideia nobre, e ai parece que há um ciúmes, uma inveja, o que parece é isso e nada mais", afirmou. O referido projeto mencionado por Clóvis previa a instalação de ventosas nos hidrômetros da cidade de Brumado, no entanto ele foi vetado pelo prefeito Eduardo Lima Vasconcelos (Sem Partido). Com o retorno à Câmara na sessão da última segunda-feira (18), o veto foi mantido pelos vereadores por meio de votação secreta. "O prefeito terá seu mandato terminado, a sua carreira política termina ao fim do seu mandato, porque ele não vai mais pra releição. Mas esses vereadores que precisam seguir o seu caminho politicamente, amanhã ser um vice-prefeito ou até mesmo prefeito na cidade e, esses homens não tem uma visão", declarou o líder religioso. 

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O ex-vereador também fez críticas aos vereadores da bancada religiosa. "Eu até critico os nossos irmãos que são vereadores, Santinho, Renato, Vanderlei, que são os homens do conhecimento que estão ai [Câmara] para servir a nossa comunidade, tanto a comunidade católica, quanto a evangélica. Mas não, vão no capricho de um líder político, achando que Amarildo iria crescer com esse projeto sendo aprovado", afirmou. O segundo ponto criticado por Clóvis é interesse por parte de alguns legisladores em defender o seu próprio "umbigo". "Ai eu vejo um interesse pessoal, uma troca de favores. Um vereador que simplesmente está olhando para o favorecimento pessoal, e não o coletivo", diz. O terceiro aspecto é a perseguição política, que para Clóvis, tudo indica nessa linha de pensamento. "O prefeito tem lá suas virtudes, mas também tem o seu [capricho] da palavra. Eu acho que o gestor não pode se 'estribar' na sua palavra, a política é uma dinâmica, você tem que ser flexível, existem momentos que você deve ouvir as necessidades das pessoas. Você não deve achar que só você que pode mandar e executar. Eu acho que está faltando o diálogo e participação da comunidade", disse. Por fim, Clóvis Fraga cobrou mais participação da bancada evangélica nos interesses da comunidade. "Não que eu queira mandar no mandato dos vereadores, mas eu acho que deveria ter uma participação com a [Ordem] e sentassem com os pastores para discutir projetos que beneficiem a comunidade brumadense", finalizou.