Loja utilizava estratégia para discriminar clientes negros no Ceará

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Uma loja do Ceará está sendo investigada pela Polícia Civil do Estado por descriminar clientes negros em uma unidade localizada em um shopping de Fortaleza. Segundo as investigações, a rede de lojas de departamento Zara montou um sistema que utilizava câmeras e códigos. Testemunhas disseram a Polícia que o código "Zara zerou" era disparado no alto-falante da loja quando entrava um cliente fora do padrão desejado pela loja. Eram alvos do alerta pessoas negras e julgadas como "mal vestidas". As investigações começaram quando uma delegada da polícia cearense, Ana Paula Barrroso, uma mulher negra, foi barrada por funcionários quando tentava acessar o interior da loja. O gerente da loja foi indiciado pelo crime de racismo. Em nota, a Zara Brasil respondeu que "não teve acesso ao relatório da autoridade policial até sua divulgação nos meios de comunicação, quer manifestar que colaborará com as autoridades para esclarecer que a atuação da loja durante a pandemia Covid-19 se fundamenta na aplicação dos protocolos de proteção à saúde, já que o decreto governamental em vigor estabelece a obrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes públicos.