Se o governo federal zerou a alíquota dos impostos, porque a gasolina da Bahia é tão cara?

Foto: Composição l 97NEWS

Além do movimento pró-Bolsonaro em todo pais nas manifestações desde o último dia 7 de Setembro, que acabou se estendendo até esta quinta-feira (9), em bloqueios por diversas rodovias do país e, até mesmo em Brumado (veja aqui), no Sudoeste baiano, uma das maiores reivindicações dos caminhoneiros, é a redução no valor do combustível em alguns Estados. Na Bahia, a gasolina é comercializada em média entre R$ 6,40 a R$ 7. Já o diesel, entre R$ 4,69 e R$ 4,99. Em visita ao município de Brumado durante a inauguração da Policlínica Regional, o governador Rui Costa (PT) foi questionado pela alta dos combustíveis no Estado. À imprensa local, o mandatário respondeu que sozinho não poderia agir, e culpou o governo Federal. "Nós teremos uma grande oportunidade o ano que vem, trocando o presidente da república nós teremos gasolina mais barata", disse. No entanto, o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na Bahia possui alíquota fixa de 28% sobre a gasolina, ou seja, o valor a ser recolhido é de R$ 1,70 por litro. 

Foto: Reprodução l Petrobras

Já o diesel, o valor recolhido por litro referente ao ICMS é o equivalente a 38,7%, passando de R$ 0,602 para R$ 0,8339. Atualmente, segundo a Petrobras, no Brasil, 33,3% dos impostos são pagos às refinarias, 11% as distribuidoras, 16,3% o custo do etanol, 27,8% de ICMS (Estados) e mais 11,6% de Confins (Federal). Entretanto, com a redução da alíquota dos combustíveis e do gás de cozinha, o governo Federal deixa de arrecadar cerca de R$ 3,5 bilhões em impostos. Nesse meio termo também entram a margem de lucro dos donos de postos de combustíveis. Mas ai vem o grande questionamento: "Se o governo federal zerou a alíquota dos impostos, porque a gasolina da Bahia é tão cara?". Enquanto não há respostas, os baianos sofrem tendo que pagar por combustíveis mais caros, e até mesmo, o gás de cozinha que chega em alguns municípios à R$ 100 o botijão de 13 kg -- ambos essenciais, seja para o trabalho ou o uso do dia a dia.