Devido à crise gerada pela pandemia da Covid-19, muitos brumadenses estão desempregados. A inserção no mercado de trabalho pode ser ainda mais difícil quando tudo isso passar, pois muitas empresas estão demitindo os funcionários, permanecendo com o quadro colaboradores reduzido, outras tendo de encerrar suas atividades. Dessa forma, muitas pessoas estão buscando alternativas para conseguir ter alguma renda diante do cenário. Assim como em todo o país, em Brumado, o trabalho autônomo é o que mais cresceu nos últimos meses. O desemprego obrigou as pessoas a trabalharem por conta própria nos últimos anos. Aos 31 anos, Edinéia trabalhava de carteira assinada na cidade. Devido à pandemia e à crise gerada, ela está desempregada há três meses.
Para não ficar sem renda durante esse período, ela pensou em um negócio que pudesse pagar as contas. "Aqui a gente batalha todos os dias, tá difícil pra todo mundo. Mas é daqui que consigo colocar a comida em casa", afirma Edinéia que tem uma barraca de frutas e verduras no canteiro central da Avenida Centenário. Sem consegui alugar um ponto comercial, a única alternativa, segundo a autônoma foi ir para às ruas. "Quando eu recebia o auxílio do governo eu conseguiu juntar e alugar um [ponto], mas agora não consigo mais", disse. A dona Maria Meira dos Santos é outra autônoma que resolveu buscar uma fonte de renda para sobreviver. Ela vende melancias na mesma avenida. "A gente vendia verdura na Feira, mas ai buscamos outra alternativa que foi a melancia, e já tem nove anos que estamos aqui", conta. Conforme a vendedora, a escolha do local é uma estratégia. "Aqui é uma avenida que passa muita gente, e sempre tem um que para e compra", relatou.
