Brumado: Sindsemb defende 'o não retorno das aulas em Tempo Integral' e imunização completa da categoria

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

Mesmo com a decisão da Prefeitura de Brumado, em retomar as aulas da rede municipal em Tempo Integral na próxima segunda-feira (9), os servidores municipais continuam com questionamentos ainda não respondidos. O Sindicato do Servidores Públicos de Brumado (Sindsemb) defende que a categoria não volte enquanto os profissionais sejam todos imunizados. "A gente defende o não retorno das aulas, porque muitos profissionais da educação não receberam nem a primeira dose. E como que as crianças são enviadas as escolas sem medidas de segurança, nas escolas não tem", disse Jerry Adriano, presidente do Sindsemb ao site 97NEWS. Segundo Jerry, visitas foram feitas em várias unidades de ensino, e os protocolos de biossegurança anunciados pela administração municipal, não acontecem. "Eu visitei as escolas, não tem protocolo de segurança. O que tem lá são tapetes com água sanitária e álcool, mas nada", afirma. Ele ainda explicou que desde o retorno semipresencial, as creches estão sem monitores. "Não tem monitores nas salas de aulas e nem nas creches para controlar as crianças", diz. Sobre o retorno das aulas em Tempo integral, o presidente do Sindsemb destaca que acionou o município na justiça e que aguarda um novo parecer. "Acionamos o município, foi indeferido, mas a gente recorreu ao Tribunal de Justiça com uma Tutela e ainda estamos aguardando mais este parecer", ressalta. 

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

Para o corpo jurídico do Sindsemb, a posição contrária do sindicato é uma realidade local. "O governador do Estado autorizou o retorno das aulas. Só que ele foi bem claro ao dizer que cada município vai observar a sua realidade. E ai a gente fez um estudo em Brumado, e a nossa realidade é outra. Brumado saiu da segunda onda da pandemia como uma das piores cidades do Estado. Brumado viveu uma triste realidade com taxa de contágio altíssima. Em nível de vacinação, estamos muito atrasado com relação à outros municípios", comentou o advogado José Bento Brito. Carolina Amorim também advogada do Sindsemb esclareceu que, diversas tentativas foram feitas junto ao município para um comum acordo. "Nós tivemos que ajuizar uma ação, antes da volta as aulas, esse pedido foi negado pelo plantonista. Entramos com um agravo contra a decisão, esse agravo já subiu para o Tribunal de Justiça. Nós aqui do sindicato estamos tentando viabilizar despachar de forma virtual com a desembargadora relatora do agravo. Então o que está ao nosso alcance estamos correndo atrás", detalhou Carolina que ainda acrescentou que: "Não é que nós do sindicato queremos levantar a bandeira de que o servidor deve ficar em casa, nós estamos tendo esse posicionamento para preservar vidas", afirmou.