Brumado: Vice-presidente da Câmara nega embriaguez em episódio de descumprimento ao Toque de Recolher

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

Na última terça-feira (25), o vereador e vice-presidente da Câmara de Brumado, Paulo César de Souza Ferreira (PCdoB), o "César Bar", foi conduzido a delegacia por desobediência ao decreto de restrição de locomoção e embriaguez ao volante, segundo a Polícia Militar (veja aqui). De acordo com o registro policial, o parlamentar foi flagrado em dois estabelecimentos comerciais da cidade após o horário que versa sobre as restrições de locomoção noturna. Por conta do episódio, o vereador foi submetido a teste de etilômetro na Polícia Rodoviária Estadual (PRE), mas ele negou. Em seguida, ele foi encaminhado ao Hospital Municipal, onde segundo a ocorrência, um laudo médico apontou hálito etílico do paciente. Nesta quinta-feira (27), em coletiva à imprensa, o vereador Paulo César fez alguns esclarecimentos sobre o caso. Segundo César, que também é comerciante, naquela mesma noite ele foi realizar uma entrega à uma cliente no residencial Brisas 3, e na volta, passou por um bar que também é de uma cliente e amiga sua. "Após entregar umas mesas a minha cliente no Brisas, na volta, passei pelo bairro São Jorge, no bar de uma amiga. Conversamos muito e a hora foi passando, nesse momento passa uma guarnição da PM e eles pediram à ela para que fechasse as portas por conta do toque de recolher. Assim ela fez e eu também vim embora", disse. Durante o retorno pra casa, o parlamentar afirmou que deu carona para um amigo. Nessa mesma rota, passou pela Praça da Prefeitura e encontrou bares funcionando. "Quando passei pela prefeitura percebi que os bares estavam abertos, então se existia toque de recolher, que seria para todos, não só para os bairros periféricos. Ai parei novamente lá, pedi uma cerveja ao proprietário e fiz o consumo de duas, também pedi um lanche. Nesse intervalo, chegou a mesma guarnição pedindo para o dono do estabelecimento fechar as portas e que todos fossem para casa", diz Paulo. De acordo com o vereador, nesse momento o PM o reconheceu e reafirmou sobre o Decreto Estadual. "Quando eu estava saindo, ele me abordou a disse que eu era reincidente, e afirmou que eu seria conduzido a delegacia". 

 

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

Conforme o parlamentar foi solicitado ao mesmo que apresentasse os documentos pessoais e do veículo. "Eu neguei porque não justificava que eu estava bebendo e conduzindo o veículo, porque eu poderia chamar outro condutor e levar meu carro. Mas eles acabaram me conduzindo ao posto da Polícia Rodoviária e lá eu me recusei a fazer o teste", afirmou. Em seguida Paulo César foi levado para o Hospital Municipal Professor Magalhães Neto. "Lá no laudo o médico constatou que eu estava com hálito etílico, porém não estava embriagado. Eu estou com este laudo em mãos para provar. Assumo que tomei duas cervejas, mas não estava conduzindo o veículo", relata. Ao 97NEWS ele afirmou que não desrespeitou a guarnição da 34ª CIPM. "Em momento algum desrespeitei os militares, respeito muito as nossas autoridades e tenho uma grande admiração pela Polícia Militar que cumpre muito bem o seu papel. Sei que naquele momento eu errei por está descumprindo um decreto Estadual", diz. Perguntando se o vereador teria problemas com o álcool, o parlamentar esclareceu que as pessoas precisam separar o Cesar vereador, do Cesar empresário ou da pessoas comum. "Eu tenho 13 anos que atuo como comerciante no meu bairro, com muita credibilidade, caráter e honestidade. Porém, tem momentos que eu sou o César empresário, o César o dono de bar e, existe momento que sou o César Político. Mas também existe o momento que eu sou apenas o 'César' como todo ser humano de apenas 30 anos de idade que além de trabalhar tanto na política, quanto no comércio tem o seu momento de laser e sua vida particular. Não estou justificando, mas naquele momento só estava ali o 'César', um ser humano comum, um jovem se divertindo". Questionado se o vereador estaria aprisionado ao cargo público e que estaria sendo impedido conviver no meio social, ele afirmar que não se sente assim. "Não me vejo aprisionado, eu sei dividir muito bem meus horários de trabalho. Mas após o horário comercial, eu sou uma pessoa quem tem minha vida particular. Só não acho correto me julgarem na minha vida pessoal com a do político", afirma. Por fim, o vereador disse que, após o episódio de terça-feira, sua postura será outra. "Quando a gente é jovem, a gente se comporta como um menino, e quando a gente é um homem, tem que se comportar como homem. Se tá sendo mal interpretado e julgado por algumas pessoas, esse César agora vai se comportar diferente", finalizou.