Proposta do Banco do Brasil deixa muito a desejar

A negociação entre o Comando Nacional e a direção do Banco do Brasil, nesta segunda-feira (16/09), em Brasília, está muito longe de resolver os problemas enfrentados diariamente pelos funcionários. Embora algumas propostas apresentadas pela direção da empresa façam parte da minuta de reivindicações, o oferecido não beneficia a maioria.

Entre as sugestões, auxílio educação de R$ 800,00 por mês para os dependentes de bancários falecidos ou afastados por invalidez decorrentes de assaltos às agências do banco, mas que tenham até 24 anos. Funcionários que ganham até cinco salários mínimos passam a ter direito ao vale-cultura, de R$ 50,00 por mês. A instituição financeira propôs ainda aumento da bolsa-estágio dos atuais R$ 332,97 para R$ 570,00.Há a ampliação da licença-adoção por homens solteiros (família monoparental) ou que tenham união estável homoafetiva, de 30 para 180 dias. Portadores de necessidades especiais receberão abono de horas de ausência durante a jornada de trabalho para aquisição, manutenção ou reparação de cadeira de rodas, muletas ou similares, com limite de uma jornada de trabalho por ano. 

“São pontos positivos, mas estão aquém das principais reivindicações, como isonomia, fim do assédio moral e descomissionamento. A empresa pode oferecer uma proposta justa. Até porque, obteve o maior lucro da história do sistema financeiro no primeiro semestre, mais de R$ 10 bilhões”, afirma o secretário-geral do Sindicato da Bahia, Olivan Faustino, presente na negociação.