Polícia Civil descobre esquema de furtos e vendas de celulares em Brumado

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

Na última terça-feira (4), a Polícia Civil, através da 20ª Coordenadoria de Polícia do Interior (20ª Coorpin) de Brumado, concluiu as investigações e indiciou duas pessoas pelo crime de receptação e um homem pela prática do crime de furto de um celular -- crime ocorrido no dia 06 de abril --, dentro de um supermercado no bairro do Mercado. Após a Polícia recuperar o aparelho no dia 30 de abril, e identificar o autor do furto que aparece nas imagens das câmeras de segurança, as peças foram se encaixando, conforme destacou o delegado titular da 20ª Coorpin, Paulo Henrique de Oliveira. "Depois da subtração, o celular foi vendido para três pessoas. Como uma delas era menor de idade na época da venda, ele responderá pelo ato infracional análogo ao crime de receptação", disse o delegado que ainda completou afirmando que a partir da recuperação do celular em abril, foi descoberto a cadeia criminal dos furtos. "É importante a população entender a logística criminosa. Porque numa ponta, a pessoa dita como cidadão de bem, compra o aparelho mais barato, mas ela está alimentando o crime, porque está comprando algo ilícito. Mas o que ela não sabe é que, antes disso, um criminoso furtou o produto vendeu pra uma segunda vítima, que posteriormente vendeu para a terceira pessoa. E assim forma a cadeia criminosa", esclarece o titular da 20ª Coorpin. 

Celular recuperado dia 04 de maio - Foto: Divulgação l 20ª Coorpin

De acordo com Paulo Henrique, é preciso ficar atento com produtos que são vendidos a baixo do preço. "Um celular que custa em torno de R$ 1.800 no mercado, e você compra ele de um terceiro ou até na internet com uma oferta bem abaixo da tabela, esse produto pode ser oriundo de furto ou roubo. Se essa pessoas não toma esse cuidado, ela paga muito caro por isso, porque para a Lei, não adianta dizer que não sabia, porque incide no crime de receptação", afirma Oliveira. Na elucidação dessa cadeia criminosa, conforme o delegado, o homem autor do furto e dois receptadores já possuíam passagens na policia pela prática de crimes contra o patrimônio (furto e receptação). "Para que não se alimente essa cadeia criminosa, a sociedade deve evitar comprar celulares de desconhecidos ou fora de lojas físicas, peça a nota fiscal, ou exija a caixa do produto onde o número do MEI está visível", observou o titular.