Com população subestimada, Maetinga recebe menos doses de vacinas contra a Covid-19

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A cidade de Maetinga, não tem conseguido acessar a quantidade necessária de imunizantes contra a Covid-19 para atender a população de acordo com a faixa-etária de cada etapa. Para a gestão, uma discrepância nos dados populacionais que não refletem a realidade do município, faz com que a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) envie menos doses do que o necessário, já que o quantitativo de imunizantes seria calculado com base na última estimativa anual feita pelo Instituto Brasileiro de  Geografia e Estatística (IBGE), que revela um população de pouco mais de 2.700 pessoas. Número é inferior aos mais de 7 mil usuários dos serviços de saúde da cidade. Para a secretária de Saúde do município, Sabrina Souza, a cidade, que vacinou com a primeira dose do imunizante 785 pessoas e outras 205 com a segunda dose, poderia estar mais avançada na vacinação, que agora atende a faixa etária dos 70 aos 75 anos. Souza explica que as doses são enviadas com base em uma população equivalente a 2.764 pessoas - valor referente à última estimativa anual do IBGE - no entanto, 7.497 moradores de Maetinga utilizam os cinco Postos de Saúde da Família (PSF) distribuídos entre a zona rural e a sede. 

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“A gestão está entrando com processo para ter uma nova contagem. Por conta dessa diferença, nossos recursos e até o quantitativo de vacinas recebidas são menores. Em relação às vacinas, a gente sempre recebe um quantitativo menor em relação à faixa etária do momento. Daí temos que enviar ofícios nominais para a regional [Núcleo Regional de Saúde] apontando um quantitativo maior e toda semana eles acabam mandando um pouco mais para suprir essa deficiência que a gente tem, mas vai chegando bem aos poucos”, explicou. Ainda segundo a secretária, a Sesab tem ciência da discrepância dos dados, mas até agora o município permanece enfrentando a dificuldade. “A nossa coordenadora de vigilância epidemiológica já sinalizou para a Sesab o porquê da gente ficar solicitando [novas doses], justamente por conta dessa discrepância da população”, disse.