Ter Covid após tomar a vacina é normal? Biomédico brumadense explica fenômeno

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

Toda a população brumadense aguarda ansiosamente pelas doses das vacinas que estão sendo disponibilizadas em Brumado para combater a Covid-19, o novo coronavírus. E uma dúvida muito comum que surgiu é: Eu pego Covid mesmo tomando a vacina? Na realidade, quem tomar a vacina terá menos chances de ter um quadro clínico agravado ou até mesmo ir para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Mas, tudo vai depender de quantas dose você tomou e qual o tempo de aplicação do imunizante. Em entrevista ao site 97NEWS, o biomédico brumadense Diego Tanajura, que também é professor da Universidade Federal de Sergipe, destacou que, de forma simples, o princípio de uma vacina é a prevenção. Ou seja, ela estimula o nosso organismo a desenvolver uma defesa para, se tivermos contato com o vírus, o corpo tenha uma resposta ao agressor, mas isso não significa que o tratamento é 100% eficaz. "Nenhuma vacina é 100%, é importante a gente deixar isso claro à população", disse. Esta semana, um caso chamou a atenção da população de Brumado, no qual o médico Marlúcio Abreu, que havia tomado a segunda dose da Coronavac, sete dias depois, foi infectado com o vírus. O biomédico explica, que algumas vacinas que estão sendo aplicadas no Mundo possuem duas dosagens, sempre obedecendo os intervalos indicados pelo fabricante. E mesmo tomando as duas doses, o paciente só estará imunizado trinta dias após a aplicação da segunda dose. "Você tem que tomar as duas doses da vacina. Só que tem um detalhe importante, você só vai ter a imunidade, a proteção completa contra a Covid-19 depois de pelo menos trinta dias após a segunda dose da vacina. O que aconteceu com o médico foi justamente que, ele provavelmente tomou a segunda dose e logo se infectou. Ou então, pouco antes ele pode ter tido contato com o vírus", disse Diego no qual ainda esclarece que nesse caso, não deu tempo a vacina criar anticorpos. "Por isso é importante destacar à população que está tomando a vacina que, entre a primeira e a segunda dose, tem que continuar com todos os cuidados que é: o uso da máscara, distanciamento social, lavagem das mãos e usar o álcool em gel", afirma. Mesmo assim, o biomédico esclarece que a vacina é a principal solução para que o Mundo volte ao seu "quase normal". "A vacina é a melhor saída. Hoje nós temos resultados muito empolgantes que saíram esta semana no qual foi divulgado que as duas vacinas que tem hoje no Brasil, que é a do Butantan a CoronaVac e a AstraZeneca da Fiocruz. E que resultado foi esse? Foi observado que as duas vacinas protegem contra a variante do Amazonas, que é a que está fazendo esse estrago em nosso país, aumentando o número de casos ativos e o número de óbitos", comenta.