Em entrevista à Rádio Alternativa esta semana, o secretário municipal de Saúde de Brumado, Cláudio Soares Feres, enfatizou que a Capital do Minério vive o seu pior momento desde o início da pandemia. "O volume de pacientes internados está aumentando a cada dia, temos dificuldades de leitos, enfim é uma situação muito delicada não só para Brumado, mas para toda nossa Bahia", afirmou. O secretário destacou que muitas pessoas não têm levado a situação a sério e que por isso a cidade chegou a registrar esta sema a marca de quase 500 pacientes em tratamento e 63 óbitos. "Infelizmente de janeiro para cá, nós tivemos uma mudança no perfil do doente. De repente, passamos a receber pacientes de casos moderados à grave necessitando de internação hospitalar. Para se ter uma ideia, no inicio do ano a média era de cinco, chegamos a dez, mas de fevereiro para cá, pulamos para vinte pacientes internados e ontem (03), 32 pacientes internados. Então essa mudança foi bem repentina", afirmou o secretário municipal de Saúde, Cláudio Soares.
Feres diz que a situação na Bahia é muito crítica, com a falta de vagas em UTIs e enfermarias para o tratamento da Covid-19. "Nós estamos à espera da abertura de 100 leitos de UTI e 100 leitos clínicos de Covid na Fonte Nova até a semana que vem, mas mesmo assim o cenário não é bom. hoje nós estamos com 300 pacientes na Bahia à espera de uma vaga de UTI, então é muito crítica a situação", contou o titular da Pasta. De acordo com dados do boletim de quarta-feira (03), Brumado registrou 5.268 casos confirmados da Covid-19. Ao todo, já são 14.260 notificações. No momento, 32 pacientes encontram-se internados na UPA Covid e no Hospital PMN. A cidade já registrou 63 óbitos e 492 pacientes estão em tratamento. 136 pessoas aguardam resultado laboratorial. Desde o início da pandemia, 4.672 brumadenses já se recuperaram da doença e 7.987 exames foram descartados. "Esperamos que o Governo encontre e encaminhe para os municípios o quantitativo ideal de vacinas para que possamos imunizar toda nossa população, e sim, voltar toda nossa vida normal”, comentou.
