O brumadense Fábio Lúcio Novais Souza, de 49 anos, que até os 40 era travesti, alega que ainda sofre preconceito por defender uma “restauração sexual”. Com pretensões de se casar e ter filhos, ele agora quer ajudar pessoas que decidem deixar o que chamam de 'estado de homossexualidade'. Quando ainda era travesti, Fábio chegou a ser ameaçado de morte. Entre os relatos de sua vida obscura, Lúcio contou que já foi traficante e se envolveu com bandidos de alta periculosidade quando morava no município de Vitória da Conquista. "Nesse período eu passei muitas fases difíceis lá, já fui traficante, conheci gente grande do tráfico, me prostitui e arrumava muita confusão quando saia para beber", disse ao 97NEWS. Ele conta que começou a ter o desejo pelo mesmo sexo aos 10 anos de idade, mas na época era reprimido e tinha medo do seu pai, um homem muito conservador. “Nessa idade eu não tinha contato com homens porque meu pai sempre foi muito reservado e também eu era menor de idade, mas já sentia atração por homens”, lembrou. Somente aos 14 anos, segundo Fábio, ele teve o primeiro contado com o mesmo sexo. "A partir dos 14 anos eu me entreguei à este lado, foi quando tive contato com um colega da minha rua, foi o primeiro contato que permiti em meu corpo. A partir dai, eu passei a desejar homens, gostava. Também foi o tempo em que me deu bastante medo. Porque eu não pensava em minha vida, e sim, nos meus pais, o que eles iriam sentir naquele momento, como se eu fosse outra pessoa", declarou.