Há 4 anos sem renovar concessão, 'Embasa atua de modo irregular em Brumado', afirma secretário

Há quatro meses moradores da Rua Princesa Izabel sofrem com a situação - Foto: Luciano Santos l 97NEWS

Com cerca de 15 a 20 locais com esgoto correndo a céu aberto na cidade, a administração municipal decidiu não mais recuperar o esgotamento sanitário de Brumado. Em entrevista ao site 97NEWS, o secretário de infraestrutura, André Cardoso, declarou que a prefeitura gastava em torno de R$ 200 mil por mês para recuperar manilhas (tubos de concreto) que, quando não entope, são danificadas por conta do peso de veículos de carga. "Desde 1997, concedida pelo ex-prefeito Edmundo, a Embasa tinha à concessão de fazer a distribuição de água e coletar a água servida, ou seja, essa água servida é o esgotamento sanitário", disse o secretário. 

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

Segundo Cardoso, por se tratar de uma responsabilidade da Embasa, a gestão atual entendeu que não mais vai realizar esse serviço. "Decidimos em não recuperar nenhum esgotamento sanitário na cidade enquanto não haver uma audiência com o Governador do Estado para definir essa situação", afirma. Conforme o secretário, ele sabe que a população será a mais prejudicada com a ação, mas é preciso que a Embasa assuma sua responsabilidade. "A gente sabe que a população vai jogar [pedra], mas nosso intuito é melhorar o futuro da cidade, é acabar com o esgotamento dentro dos riachos, dos canais e no Rio do Antônio", esclarece. 

Canal de escoamento de água das chuvas recebe esgoto sem tratamento - Foto: Luciano Santos l 97NEWS

No entanto, de acordo com André, a empresa que atua há 20 anos na cidade, no momento trabalha de modo irregular, por está há quatro anos sem renovar a concessão. "Esse contrato venceu em 2017, de lá para cá, o município deu início à uma nova licitação, mas a Embasa entrou na justiça e conseguiu uma liminar, e ainda está 'sub judice' a questão da licitação", conta André que ainda esclareceu no qual, se não há um contrato vigente entre Prefeitura e Embasa, a empresa atua de maneira irregular. "Se o prefeito não deu a concessão no ano de 2017, então sim, operando de maneira irregular", afirma. A data da audiência entre o Prefeito Eduardo Vasconcelos e o Governador Rui Costa ainda não foi definida.