Brumado: Sem espetáculos há quase oito meses, circo volta a realizar apresentações ao público

Preparativos para o primeiro espetáculo - Foto: Luciano Santos l 97NEWS

Com uma geração inteira dedicada ao circo, Amanda Moura nunca viveu uma situação tão difícil quanto a dos últimos meses. Uma das proprietárias do circo Nitro, ela chegou com sua família ao município de Brumado, na última semana. Na última sexta-feira (22), ela fez o primeiro espetáculo na cidade com todos os protocolos de biossegurança. Sem a única fonte de renda, Moura conta que todos passaram a viver de doações quando eles estavam em Minas Gerais. “2020 foi um ano muito difícil, vivemos de doações em Montes Claros, porque trabalhamos apenas quatro dias lé e ai veio a pandemia [Covid-19]. Nisso ficamos sete meses parados, sem nenhum meio de ganho, vivemos apenas de doações”, lamenta Amanda. Moura ainda relata o quanto é difícil manter a arte circense. "Essa é uma arte que vem de geração em geração pra a gente poder trabalhar de maneira correta. Aqui mesmo só trabalha família", disse. 

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

Ainda de acordo com a circense, o circo também é uma empresa como outra qualquer, e tem suas despesas. "A gente precisa trabalhar, pagar as contas e sobreviver mantendo a alimentação às nossas famílias”, conta. Diante dessa situação, o circo Nitro abriu suas portas na última sexta-feira com espetáculos reduzidos e cadeiras limitadas. "Nós temos capacidade para 300 pessoas, mas hoje com o nosso Alvará em mãos e todos os protocolos determinados por decretos da Prefeitura, vamos receber apenas 150 pessoas", afirmou. Atendendo as recomendações, Amanda disse ainda que o circo vai disponibilizar álcool em gel e placas de sinalização. "Disponibilizamos placas informativas no combate ao vírus, mas também precisamos da conscientização das pessoas para manter a distância. E afastamos as cadeiras em dois metros de distância", disse. Por fim, a circense ressaltou que o espetáculo não pode parar. "Essa vacina é uma esperança de um dia melhor, nosso sonho nunca vai acabar", conta Amanda Moura.