Cientistas alertam que variantes do coronavírus podem causar onda 'muito pior'

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As novas cepas do coronavírus descobertas na última semana, principalmente a britânica, tem assustado a população que clama pelo fim da pandemia. A inglesa é a mais preocupante e pode ser de 50% a 70% mais transmissível. Além dela, tem a sul-africana, mas sobre essa ainda não há dados suficientes para comprovar que ela oferece mais risco. “Uma preocupação é que a B.1.1.7 (variante britânica) se torne dominante globalmente, com sua alta transmissibilidade, e leve a outra onda muito, muito ruim. Acho que estamos entrando em uma fase imprevisível agora”, afirmou Jeremy Farrar, especialista em doenças infecciosas, à revista Science. Com a variante já tendo sido identificada em 30 países (inclusive no Brasil), a virologista Emma Hodcroft, da Universidade de Basel, na Suíça, acredita que este momento soa como um “alarme”, e precisamos aproveitar a chance para evitar que o vírus se espalhe ainda mais. Para tentar controlar a variante, o Reino Unido decidiu entrar em lockdown novamente. Os pesquisadores defendem que é o momento de prestar atenção no que está acontecendo no Reino Unido e se preparar para evitar mais uma onda da doença. As vacinas devem ajudar neste controle, mas podem não ser suficientes: enquanto a população vai sendo imunizada, é preciso que os grupos que não são de risco continuem seguindo as recomendações.