Covid-19: enxaguantes bucais matam coronavírus em 30 segundos em laboratório, indica pesquisa

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Enxaguantes bucais podem matar o coronavírus em 30 segundos, revela um novo estudo realizado em cima de testes de laboratório. Embora a pesquisa sugira que o uso do produto pode ajudar a matar o vírus na saliva, não há evidências de que ele possa ser usado como um tratamento para o coronavírus, uma vez que não alcança o trato respiratório ou os pulmões. Nick Claydon, especialista em periodontologia, disse que o estudo pode fazer com que o enxaguante bucal se torne uma parte importante da rotina das pessoas. "Se esses resultados positivos forem refletidos no ensaio clínico da Universidade de Cardiff, enxaguantes bucais baseados em CPC (Cloreto de cetilpiridínio)... podem se tornar um complemento importante à rotina das pessoas, junto com a lavagem das mãos, o distanciamento físico e o uso de máscaras, ambos agora e no futuro", diz. O estudo afirma que enxaguantes bucais contendo pelo menos 0,07% de CPC mostraram "sinais promissores" de serem capazes de erradicar o coronavírus quando expostos ao vírus em um laboratório. Embora a pesquisa ainda não tenha sido revisada por pares, suas conclusões sustentam a de outro estudo recente que constatou que os bochechos com CPC são eficazes na redução da carga viral. Um ensaio clínico vai analisar agora se o enxaguante bucal ajuda a reduzir os níveis do vírus na saliva de pacientes com covid-19 no hospital de Cardiff, com resultados esperados no início do próximo ano. "Embora esses enxaguantes bucais erradiquem o vírus de maneira muito eficaz em laboratório, precisamos ver se eles funcionam em pacientes e este é o ponto de nosso estudo clínico em andamento", diz David Thomas. "O estudo clínico em andamento, no entanto, nos mostrará quanto tempo os efeitos duram, após uma única administração do enxaguante bucal em pacientes com covid-19." Ele ainda completa."Precisamos entender se o efeito dos enxaguantes bucais sem receita médica sobre o vírus da covid-19 obtidos em laboratório podem ser reproduzidos em pacientes".