Mina do Nordeste pode levar Brasil a exportar urânio

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Um projeto de mineração visto como prioritário pelo governo brasileiro pode transformar o país em exportador de urânio e reduzir suas necessidades de importação de fertilizantes, se for bem-sucedido. O país, que atualmente importa urânio para suas usinas nucleares e importa a maior parte de suas necessidades de fertilizantes, pode se tornar mais autossuficiente com um projeto de 400 milhões de dólares na região Nordeste, de acordo com o consórcio formado para explorar a jazida. A estatal INB, que detém o monopólio da produção de urânio no Brasil, formou um consórcio com a empresa local de fertilizantes Galvani para o projeto de fosfato-urânio Santa Quitéria. A INB espera extrair cerca de 2.100 toneladas de concentrado de urânio por ano da jazida, enquanto precisa de cerca de 750 toneladas para abastecer suas usinas de energia nuclear. Adicionando capacidade nominal a outra jazida explorada pela INB, o Brasil produzirá cerca de 2.400 toneladas de concentrado de minério de urânio por ano quando Santa Quitéria atingir sua capacidade total em 2026. Isso corresponde a 4% da produção mundial de urânio, segundo a INB. Inicialmente, o urânio de Santa Quitéria deve ir para as usinas nucleares da INB, embora a empresa esteja em conversas com o governo para vender o excedente no exterior, disse Freire. Santa Quitéria foi incluído no Programa de Parceria para Investimentos do governo, conhecido como PPI, para projetos considerados prioritários. Trazer mais parceiros, incluindo consumidores de fertilizantes, está sendo considerado para financiar o investimento, enquanto a família que controla a Galvani ficaria com a participação majoritária.