Brumado: Falta de moedas dificulta troco no comércio local

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

Esquecidas nas gavetas, perdidas no sofá ou encalhadas nos cofrinhos, as moedas estão cada vez mais escassas no comércio brumadense. O problema é agravado pela pandemia, que segundo os comerciantes, devido à necessidade de redução da despesa familiar, os clientes estão segurando as moedas, transformando-as,em uma possível renda extra. Mas para quem precisa delas na hora do troco, o jeito é apelar para a criatividade. "Com a circulação ruim no comércio, a gente não ver mais as moedas de R$ 1 ou R$ 0,50, elas sumiram mesmo. O jeito é deixar passar o troco algumas vezes e dando descontos ao cliente", disse o comerciante Marlúcio, que há 15 atua no centro comercial de Brumado. No centro, o gerente de um mercado disse que a solução as vezes é apelar para um comércio vizinho. "Muitas vezes saímos daqui para trocar cédulas em moedas para passar o troco, mas isso atrapalha a gente, porque temos que sair daqui e perdemos tempo", afirma Diego. Ele relata que a falta de troco se tornou comum nos últimos anos. "A de um real é a que mais falta", conta. A cliente Vanessa, admite que tem o hábito de guardas as moedas em um cofrinho. "Todas as moedas de um real que sobram vou guardando", contou. Ela revela que já chegou a juntar a quantia de R$ 700 em moedas de R$ 1. Já a dona de casa Tatiana Correa, 32 anos, conta que nem utiliza dinheiro em espécie. "Eu pago tudo no cartão", explica. Em uma loja da Avenida Antônio Mourão Guimarães, a proprietária Norma Lima, relata que após os dias de pagamento os clientes aparecem com notas altas, mas depois do dia 20 as notas de valores menores e as moedas começam a dar as caras. "Quando os clientes recebem dão notas maiores", explica. O comerciário João Andrade, 47 anos, conta que não gosta de guardar as moedas. "Só atrapalha. É melhor que fique no comércio", disse.