Bahia não atinge meta de cobertura de vacinas obrigatórias para crianças

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A Bahia, pelo quarto ano consecutivo, não atingiu a meta de cobertura de 95% de nenhuma das nove vacinas obrigatórias para crianças de até um ano de idade. Segundo o site G1, a informação foi divulgada pelo Programa Estadual de Imunização, na terça-feira (8). Por causa da situação, especialistas cobram dos pais o cumprimento da vacinação, que é um direito previsto em lei. As vacinas que não atingiram o índice no estado são: BCG, Rotavírus, Meningocócica C, Pentavalente, Pneumocócica 10V, Poliomelite Inativada, Febre Amarela, Tríplice Viral D1 e Hepatite. A vacinação contra a febre amarela, por exemplo, está abaixo do ideal desde 2010. No ano passado, foi a pior cobertura, 64%. Já a BCG, que protege das formas mais graves da tuberculose, está abaixo da meta há quatro anos. Em 2019, a cobertura fechou em 75%. A tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola não atinge a meta desde 2015. No ano passado, a cobertura ficou em 82%. No Brasil, os dados do Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde apontam que cerca de metade das crianças brasileiras não recebeu todas as vacinas previstas no Calendário Nacional de Imunização em 2020. Dados do Ministério da Saúde mostram que, até o início de agosto, o país tinha 7,7 mil casos confirmados de sarampo. No ano passado, o Brasil perdeu o certificado de erradicação da doença. Na Bahia, só neste ano, foram sete casos casos registrados. O parágrafo 1º do artigo 14 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) afirma que é obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias.