Brumado: Famílias apostam em cooperativa e transformam lixo em renda

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

Boa parte do lixo que produzimos é reciclável, e quando os recipientes utilizados para o armazenamento estão cheios, logo providenciamos o descarte. A rotina já é tão habitual que o brumadense nem chega a despertar curiosidade sobre o destino daquilo que aparentemente não tem mais utilidade. Mas esse material que jogamos fora todos os dias é o meio de sustento de muitas famílias em Brumado. Reunidos em uma cooperativa, catadores de lixo da "Capital do Minério" recolhem o material reciclável nas residências e também no centro comercial da cidade, como supermercados, lojas e outros estabelecimentos. Criada há quatro anos, os cooperados da Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis de Brumado (Catamarb), trabalham com a seleção do material recolhido. Conseguir renda a partir do lixo é rotina para muitos dos catadores da cidade. “Eu acordo as seis horas da manhã e vou pra rua, separar latinha, garrafa peti e papelão. Aqui consigo receber até R$ 1.200 por mês”, revela Vera Lúcia, de 49 anos. “Aqui é assim, um grupo fica na seleção e outro vai pra rua, cada um tem sua área de atuação”, diz Celiane, outra cooperada. 

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Ela fala do trabalho com muita humildade e orgulho, e conta que dez pessoas trabalham na Catamarb e tiram o sustento do mês na cooperativa. "Aqui nós trabalhamos por produção, quanto mais você produz, mais você recebe. Também tem a carga horária", disse Celiane. De acordo com Vera Lúcia, graças à seleção de material reciclável consegue criar os filhos e pagar as contas. "Pago todo mês as minhas contas, faço as compras no mercado e ainda sobra um troco para guardar", conta sorridente a cooperada. A rotina de trabalho vai de segunda a sexta-feira, das 8 às 17h, com pausa para almoço. A equipe se divide entre a ida às ruas, para recolher o material, e a seleção. “A gente utiliza um carro e os equipamentos cedido pela prefeitura para pegar o lixo nas casas e nos outros locais. Quando chega aqui, descarregamos e separamos papelão, alumínio, vidro, plástico, entre outros”, explica Lúcia.