Brumado: Pandemia do coronavírus afeta mercado de casamentos, e empresas recorrem à outros seguimentos

Foto: Manu Nunes l 97NEWS

A Capital do Minério é uma cidade casamenteira. Sim, em média, antes da pandemia, eram realizados cerca de vinte casamentos por mês em Brumado. Mas, com as medidas de restrição social para tentar conter o avanço do coronavírus, noivos adiaram suas celebrações. As remarcações, aliás, é algo que vêm acontecendo desde o mês de março, quando foram anunciadas as primeiras ações para manter o distanciamento social. Com isso, o mercado de festas foi abalado severamente durante a pandemia. De março para cá, Maria Luíza revela que em 14 anos de profissão, o seguimento nunca foi tão afetado. "O impacto é muito grande, porque os casamentos diminuíram bastante". Luíza é dona de uma loja especializada em vestidos de noivas e está no ramo há mais de uma década. Falando especificamente sobre casórios, ela conta que em meses bons, chegava a arrumar cerca de seis noivas em um único fim de semana. “Nós tínhamos vários casamentos e batizados em Brumado. Com a pandemia, os que acontecem, sós os noivos e os padrinhos participam, então o fluxo de clientes diminuiu”, disse. 

Empresária Maria Luíza está no ramo há 14 anos - Foto: Manu Nunes l 97NEWS

De acordo com Maria, que também possui uma outra loja no seguimento de confecções, perfumes e acessórios, as empresas, que juntas tinham cerca de nove colaboradores, precisou reduzir o quadro para sete e realizar um rodízio entre os funcionários, para que não haja mais demissões. "Pra manter o quadro, uma parte do pagamento eu pagou, e a outra parte vem do recurso do governo federal. Além disso, outros eu fui dando férias e, assim vou levando as duas empresas", comenta a empresária. Para ela, o que a motiva continuar, é a esperança de que tudo vai passar. "O que nos dar força é que, a cada dia há uma esperança de que tudo vai melhorar. As pessoas estão esperando para ver o que vai acontecer. Ou seja, você não tem entrada, não tem capital de giro para pagar os funcionários, então a gente não sabe o que vai fazer. A situação está cada vez mais complicada e os prejuízos são incalculáveis, mas acredito que vamos superar”, afirmou.