Milionários criam proposta para que governantes cobrem mais impostos da classe e ajude nos custos com o Covid-19 no mundo

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Um grupo com cerca de 80 milionários dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Nova Zelândia, Canadá e Holanda assinaram uma carta que pedindo aos governos que os tributem mais para pagar pela crise do coronavírus. A coalizão, que reúne herdeiros como Abigail e Tim Disney e o co-fundador da marca de sorvetes Ben and Jerry's, Jerry Greenfield, foi organizada pelo projeto "Millionaires for Humanity", que conta com o apoio da Oxfam e a organização Patriotic Millionaires and Tax Justice UK. O grupo alertou que a crise pode "durar décadas" e "levar meio bilhão de pessoas à pobreza". "Hoje, nós, milionários que assinamos esta carta, pedimos aos nossos governos que aumentem impostos sobre pessoas como nós. Imediatamente. Substancialmente. Permanentemente", dizem. Na carta, o grupo afirma que podem garantir o financiamento adequado para o sistema de de saúde, educação e segurança por meio de um aumento permanente de impostos sobre os mais ricos do mundo. O texto ainda acrescenta que o grupo tem uma "dívida enorme" com os trabalhadores da linha de frente. "Ao contrário de dezenas de milhões de pessoas em todo o mundo, não precisamos nos preocupar em perder nossos empregos, casas ou nossa capacidade de sustentar nossas famílias. Então por favor. Taxe-nos. É a escolha certa. É a única escolha", afirmam. No Brasil, segundo o relatório World Wealth Report de 2020, o número de milionários cresceu 7% e chegou a 199 mil no ano passado. Em números brutos, o Brasil é 18º país com o maior contigente de milionários, parte em razão do seu tamanho, já que fica na frente de países ricos como Suécia e da Áustria. Estados Unidos, Japão, Alemanha e China, os quatro primeiros colocados no ranking, concentram 61,6%da chamada população HNWI (sigla para indivíduo com alto patrimônio líquido, uma pessoa com investimentos superiores a US$ 1 milhão). Os EUA têm quase 6 milhões de milionários. As informações são do site Folhapress.