Presidente da CDL de Brumado diz que liminar determinando o fechamento do comércio é injusta

Foto: Luciano Santos l 97News

Na manhã da última segunda-feira (22), a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Brumado promoveu uma coletiva de imprensa na sala de treinamentos do órgão para esclarecer alguns pontos da Liminar do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), na qual determina o fechamento de estabelecimentos não essenciais na Capital do Minério. Para o presidente da CDL, Manoel Messias, o fechamento dos serviços não essenciais na cidade é injusta. "A gente encara com uma certa tristeza, não que a gente não esteja preocupado com a saúde, a gente tá sim muito preocupado, tanto do lado da pandemia, quanto do lado da economia que trás sérios problemas a saúde também", comenta Messias. Segundo ele, a reabertura do comércio foi feita de forma gradual e responsável, com base nos dados da Secretaria Municipal de Saúde. “Quando nós recebemos esta notícia de revogar os decretos de flexibilização, a gente que está trabalhando e participando desde a primeira reunião com o município para analisar a situação da pandemia na cidade, haja vista que no início fechou tudo, e depois veio algumas notas técnicas liberando algumas atividades que a gente viu que era essencial, então, a partir deste momento, viemos estudando de que forma viria a reabertura e de que forma proceder", esclarece o presidente da CDL. 

 

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Com cerca de um mês e meio com as portas fechadas, ele afirma que o comércio local só reabriu após dados técnicos que dessem uma segurança na flexibilização. "Quando tivemos uma vídeo conferência com a Defensoria e com o Ministério Público, foi explicado isso, inclusive apresentado toda a ação que o executivo tomou de uma forma totalmente responsável. E após isso, decidimos o porque não abrir. Porque nós tínhamos consciência que aquele fechamento poderia trazer uma nova onda de prejuízos à saúde. Muitos desempregos, inclusive já havia começado as demissões, então observando isso, solicitamos da prefeitura ver por esse lado, e foi compreendido", explica Manoel Messias. De acordo com o presidente, a taxa de contaminação existente no município não é por conta do comércio. "O comércio está todo organizado, é claro que tem um, dois ou três que não se adéqua, mas existe a fiscalização e as notificações que inclusive suspende alvarás no município. Essa fiscalização ela continua. Sabemos também que grande parte da população entendeu o recado e esta colaborando. Mas também tem uma parte da população que propicia o aumento do contágio, ou seja, não busca a prevenção no dia a dia", afirmou. Messias salientou que a CDL e o Município estão fazendo todo possível para reverter a decisão, visto que a economia local não pode ser mais prejudicada. “Não tenho conhecimento da área jurídica, mas ao grosso modo, entendo que esta decisão é inconstitucional e deveria ter se analisados os dados do município. Nós tivemos o exemplo do juiz local, que indeferiu o pedido da Defensoria porque a justiça local tem conhecimento dos dados", relatou o presidente da CDL. Sobre a Liminar, ele completou que o Município na próxima quinta-feira (25) vai entrar com o recurso com apoio inclusive do jurídico da CDL, dando um apoio com todas as informações sobre o comércio local.