RHI Magnesita decide cortar produção e busca opções para evitar demissões em Brumado

Foto: Manu Nunes l 97NEWS

A RHI Magnesita, líder global no negócios de produtos refratários, está buscando alternativas para evitar um processo de demissões diante da retração da demanda causada pela pandemia do Coronavírus. Um terço dos seus funcionários está no Brasil e na Argentina, cerca de 5.500 trabalhadores. Apesar de não dar detalhes sobre o que compõe cada cenário, a empresa reconhece o impacto que a pandemia está causando no faturamento da siderúrgica. No ano de 2019, a receita líquida da companhia foi de 2,9 bilhões de euros, o que representa um valor 6,5% menor do que o ano de 2018, segundo o Valor Econômico. Em relação aos colaboradores, a mineradora afirmou que a companhia está estudando a redução da jornada ou a suspensão do contrato de trabalho, seguindo as ferramentas previstas pelo governo federal brasileiro. Outra opção estudada é conceder férias coletivas. Mas de acordo com a mineradora, os trabalhadores brasileiros, neste momento, estão com os empregos garantidos. Em Brumado, a RHI Magnesita reduziu, desde o último dia 1º deste mês, a jornada de trabalho e os salários dos seus colaboradores. Além disso, houve também a suspensão do contrato de trabalho em alguns setores. Para o presidente do Sindicato dos Mineradores, Édio Pereira, um acordo feito com a empresa, garante os salários dos funcionários amparado na Medida Provisória (936) do Governo Federal. “Alguns setores terão redução de jornada e de salários, de 5 a 15% a depender do salário de cada funcionário. Também tem a suspensão do contrato de trabalho em alguns setores, que pode ser de até 60 dias", relatou Pereira em entrevista a Alternativa FM. Com a proposta aprovada pelos colaboradores, está previsto a manutenção do emprego e do contrato de trabalho. “Ela ficou bem melhor do que a empresa poderia ter feito se fosse seguida à risca. O acordo foi um dos melhores realizados no Brasil. Infelizmente, todos os setores serão atingidos nesse momento de crise", afirmou o presidente do sindicato.