Brumado: Casas vazias ou abandonadas aumentam a proliferação do mosquito transmissor da dengue

Foto: Manu Nunes l 97NEWS

Mato alto, entulho, calha entupida, caixa d'água. O cenário de casas vazias ou abandonadas é prato cheio para a proliferação do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. Para combater de forma eficiente, o município de Brumado enfrenta barreiras para adentrar nos imóveis, e verificar focos ou criadouros. A visita do agente de endemias em locais de difícil acesso é necessário para a aplicação de produtos, impedindo o avanço. Segundo a Secretaria de Saúde (Sesau), a cidade de Brumado já possui 94 casos confirmados de dengue, e os registros seguem aumentando, o boletim aponta ainda que, no geral, há 514 notificações suspeitas -- 60 foram descartados -- e 351 ainda aguardam análise laboratorial. A chikungunya tem 01 caso confirmado e outro ainda em análise, e a zika possui 02 casos confirmados e outros 04 aguardando resultado. Voltando ao cenário dos ambientes abandonados, a situação é ainda mais crítica quando não há cuidados por parte dos proprietários. Em Brumado, a estimativa é de que mais de 150 endereços estejam nessa situação e devem ser inspecionados um a um. Diante deste cenário, a população cobra da gestão municipal ações efetivas no combate ao mosquito em endereços fechados há muito tempo. “Estamos sempre preocupados com casas vazias, que não têm manutenção, para evitar focos. A falta de cuidado é hospedeiro ideal para proliferação do mosquito”, afirma uma moradora que mora ao lado de uma residência abandonada na Rua Marcolino Rizério, no centro da cidade. Outro morador do bairro Santa Tereza, relata que três imóveis fechados perturbam a vizinhança. "Os donos desses imóveis lacram tudo e não realizam a limpeza, daqui do prédio eu vejo um caixa com água acumulada há muito tempo. Sem contar com o mato dentro do quintal, é lamentável isso", afirma a moradora.