Contendas do Sincorá: População se mobiliza contra exploração de pedras 'jaspe' próximo a nascente de rio

Foto: Leitor l 97NEWS

A Região Sudoeste e a Chapada Diamantina é conhecida pela exploração legal de minério, atividade moderna e imprescindível para o desenvolvimento do país. Entretanto, surgem os exploradores clandestinos que de maneira irregular, fazem o uso do solo causando erosões e destruindo mananciais e a mata nativa da localidade em que é extraído. Dados da Agência Nacional de Mineração apontam que o Brasil é um dos maiores produtores de rochas e minério. Na Chapada Diamantina, dentre esse tipo de rocha destaca-se a pedra jaspe, encontrado na nascente do Rio da Palmeira, no distrito que leva o mesmo nome, em Contendas do Sincorá, a 105 km de Brumado. O município é repleto de belezas naturais e assim como Brumado, recebeu a estrada de ferro que corta toda a extensão da cidade. Para os especialistas, a pedra preciosa Jaspe é sinônimo de força e proteção, ela é a essência do poder e segurança que traz sucesso em todos os assuntos vida. Por isso o seu nome significa “mãe de todas as pedras”, por oferecer diversos benefícios que no geral representam uma vida equilibrada por completa. Embora seja uma atividade importante do ponto de vista econômico, gerando empregos e renda, a exploração da pedra resulta em impactos no meio ambiente e nas comunidades localizadas em seu entorno. 

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E são justamente esses impactos que mobilizaram a população dos distritos de "Palmeira" e "Jambinha", região de fronteira com o município de Ituaçu, também na Chapada Diamantina. Segundo os moradores, eles tem se posicionado contra a forma como está ocorrendo a exploração da jaspe na nascente do rio, importante para o ecossistema regional, um dos principais afluentes do Rio Sincorá. De acordo com os moradores da localidade, a área foi vendida por um vereador do município de Ibicoara a um grupo de chineses, que reside em Ituaçu, e tem intenções apenas de explorar o subsolo do local para extrair as pedras. A equipe do site 97NEWS tentou falar com a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de Contendas do Sincorá, mas não obtive êxito. Conforme os denunciantes, um membro da pasta já visitou a localidade em abril deste ano e deu o prazo para os possíveis donos do local apresentarem os documentos que comprovem a atividade legal na região. As fotos enviadas a nossa Redação, mostram o desmatamento em grande parte do terreno, além de um barramento de sacos com areia no afluente, servindo como uma barragem provisória para capitação de água. Também nas fotos, é possível ver um abrigo construído de alvenaria com placas de energia solar, provavelmente para gerar energia ao local. Veja o álbum de fotos abaixo:

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