Terrenos abandonados são propícios para criação do mosquito da dengue em Brumado

A cidade de Brumado contabiliza várias áreas propícias para a reprodução do mosquito aedes aegypt, transmissor de doenças como a dengue e a chikungunya. Na Rua Sandra Batista, por exemplo, o que parece ser espaço de preservação é, na verdade, um terreno baldio no bairro São José. A dona de casa Margarida Lima Gomes, que mora perto do local, teme contrair algum desses problemas. "A gente vê aí muito mato, parece uma floresta amazônica. E acúmulo de sujeira, de sacos plásticos, de potes. Isso vai acumulando água. Cada vez que chove a gente se preocupa", afirma. No bairro Novo Brumado, vasilhas que servem de criadouros ficam escondidas em meio a vegetação, mas não é preciso andar muito para encontrar o perigo, como explica a farmacêutica Mônica de Lima. "Esse terreno é de um grande empresário da cidade, inclusive lá na frente tem um posto de gasolina que é dele, mas nunca limpam essa área. E veja que enorme, parece uma floresta. Mas trás muto mosquito para nossas casas", conta a moradora da localidade. 

Em outro terreno, no bairro do Mercado foram encontrados colchão, sofá, vasilhas e restos de materiais de construção abandonados. "O muro caiu e o dono do terreno não vem limpar, o mato tomou conta de tudo e não sabemos o que fazer. Todos os dias enfrentamos um ataque de muriçoca, e a nossa preocupação é que Brumado está com vários casos de dengue", diz Eliana Moura que mora na Rua Coronel Antigo, próximo ao terreno. Assustados, os moradores cobram da administração pública a resolução para o problema. "Nós sabemos que o terreno é particular, mas a prefeitura tem que tomar uma posição. Se eles não limpam, que aplique uma multa, só doendo no bolso é que eles vão tomar uma atitude", destacou Manoel Dias, outro morador do bairro.