Estudos apontam que vacina contra a Covid-19 só deve ocorrer em 2021

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O cientista baiano Gustavo Cabral, que coordena uma pesquisa do Instituto do Coração (Incor), em São Paulo, para desenvolver uma vacina contra o coronavírus, relatou que a imunização pode ser disponibilizada a partir do próximo ano. As informações são do site G1. Segundo Cabral, quando se fala de vacina, é preciso entender que requer tempo. "Não adianta a gente prometer algo para essa pandemia, não vai acontecer. Na maioria das vezes, o que se propõe é uma vacina que está em testes, algo muito recente, muito novo. Não acredito que para essa pandemia tenhamos uma vacina. Temos uma equipe espetacular trabalhando em tempo integral, com profissionais qualificadíssimos. Até o ano que vem acredito que tenhamos uma vacina", falou Cabral. O cientista destacou as etapas necessárias para criação de uma vacina e afirmou que, neste momento, o comportamento da população é mais importante do que qualquer medicamento. "Nesse momento, não existe melhor vacina do que a participação social, a informação correta, bem passada, evitar aglomerações. Não há melhor vacina do que a ação do povo. Não adianta esperar apenas da pesquisa. O povo tem que participar. Não tem outra vacina melhor do que essa”, disse. O cientista baiano afirma que ainda se conhece pouco do vírus que provoca a doença, o que dificulta o desenvolvimento da vacina. Mas, com o empenho mundial na contenção da pandemia, o tempo para a produção do medicamento será menor que o habitual. Ele espera, contudo, que não exista um corte de investimentos após a passagem do pico da doença. "Geralmente, a vacina requer cinco ou dez anos para ter resultado. Mas, neste caso, por questões de urgência, acredito que no próximo ano teremos uma vacina”, disse. A pesquisa realizada no Incor não é a única no mundo em busca de uma vacina contra o coronavírus, porém Gustavo Cabral aponta que a equipe brasileira tem seguido todos os protocolos de segurança, já que não sofre com a pressão do mercado farmacêutico.