Brumado: Vendas do peixe no Mercado Municipal caem até 60% por causa de pandemia

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

A pandemia do novo coronavírus chegou para mudar a rotina da população mundial por causa das medidas de distanciamento social. Os Decretos Estaduais e Municipais determinam evitar aglomerações e impedir o avanço dos casos da doença. Em Brumado, comerciantes sentem essa mudança às vésperas da Sexta-Feira Santa. Os vendedores de peixe já apontam uma redução de 60% em relação aos últimos anos, referente ao mesmo período. No Mercado Municipal, a movimentação está bem abaixo do que nos anos anteriores, conforme relata o comerciante José Anísio, em entrevista ao 97NEWS. “Tá péssimo, caiu mais de 60% em relação ao ano passado. Isso acontece por conta da pandemia já que não pode ter aglomeração. Quando era normal, isso aqui estava cheio”, lamenta. Em 30 anos no Mercado Municipal, segundo o comerciante, essa foi a pior crise de todos os tempos. "Lamentável, entre os poucos que se arriscam a vender o pescado, eu sou um deles que ainda está aqui", disse. Entretanto, o comerciante espera que no fim do dia desta quinta-feira e na sexta-feira (10) pela manhã, há a perspectiva de aumento no consumo, por conta da tradição da semana Santa, quando há maior procura por pescado. "Será um ritmo menor sabemos disso, mas ainda é preciso ter esperança”, relata. 

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

A Sirlei Santos visitou o Mercado e garantiu o seu bacalhau. Para ela, em meio a pandemia, o peixe está bem salgado no preço. "Não só o peixe, mas outros itens subiram bastante, inclusive o feijão que virou ouro a oito reais", relatou a trabalhadora na área de serviços gerais. Mesmo com o preço acima do esperado, ela ainda garantiu a tradição da Sexta-Feira Santa. "Vou levar sim, mesmo um pouco mais caro, a ceia vai ser em família, no isolamento social, já que não podemos levar os amigos em casa", comentou Sirlei. A diminuição da clientela está diretamente ligada a uma das medidas de segurança decretadas pela prefeitura de Brumado para evitar o contágio pela Covid-19. Desde o mês passado, a entrada de pessoas em estabelecimentos essenciais passou a ser controlada, devendo os clientes manter a distância de um metro e meio, conforme orientado pela Secretaria de Saúde do município (Sesau) e Ministério da Saúde (MS).