Policiais Civis da Bahia aprovam paralisação por 24 horas na sexta-feira contra a PEC 159

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

Na próxima sexta-feira (7), os policiais civis da Bahia iniciarão uma paralisação por 24h em repúdio ao que denominam "truculenta e ditatorial condução e aprovação da PEC 159/2020. A decisão foi tomada em assembleia na última terça-feira (4), e pede ainda a reabertura do diálogo com o governo para discutir a pauta de reivindicações da categoria. Para o presidente do Sindicato da Polícia Civil do Estado da Bahia, Eustácio Lopes, a PEC é um duro golpe aos servidores públicos estaduais, em especial aos policiais civis. “Retira dos policiais civis a segurança jurídica de defenderem sociedade do crime. Ela vai causar um recuo muito grande nos profissionais da segurança pública porque vai deixar as suas famílias desamparadas. Na ausência do policial, a família vai receber 60% de sua remuneração. Os policiais civis também perderão o direito a sua integralidade e a sua paridade”, destacou. Além da paralisação, o coletivo dos policiais decidiu também iniciar, imediantamente e por tempo indeterminado, a "Operação Legalidade", que visa ações como não diligenciar sem a devida expedição da "ordem de missão" pelos delegados como a suspensão do banho de sol dos custodiados nas delegacias; condicionamento da condução de presos para audiências de custódia; visitas e entre outros. Com a reforma, o sindicalista afirmou que os policiais perderão quase 50% dos seus salários. Além disso, Lopes reclamou do tratamento diferenciado dispensado pelo governo às polícias militar e civil. “Todos os países tratam a polícia com uma aposentadoria especial para que ela tenha uma segurança jurídica ao defender a sociedade, o que não está acontecendo na Bahia. Essa PEC 159 é muito perversa com o servidor público”, disse Lopes. Uma assembleia que será realizada nesta quarta-feira (05) decidirá se a categoria irá deflagrar uma greve geral em todo estado. “A categoria não aceita essa traição”, concluiu.