Brumado: O perigo dos smartphones para os olhos das crianças; oftalmologista faz alerta

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

O acesso amplo do consumidor com as novas tecnologias se tornou uma realidade no Mundo. O baixo custo de alguns equipamentos, fez com que as classes, antes menos favorecidas, adquirisse novas tecnologias e, entre elas, as mais desejadas são os smartphones, tabletes e notebooks. Mas o campeão de desejo, é o smartphone, em 10 anos, a venda desse equipamento que deixou de ser apenas um meio de comunicação, para se tornar um mini computador na palma da sua mão. Entretando, essa nova tecnologia está chegando mais cedo na vida das pessoas. Principalmente entre jovens e crianças, que usam todos os dias. Para alguns, algo que não passa da "normalidade" para o século atual, mas para os especialistas, uma bomba relógio que pode trazer grandes consequências aos pequenos, que não fazem mais uso dos "tradicionais" brinquedos. A verdade é só uma: crianças que passa muito tempo utilizando tabletes e smarthphones serão vítimas de problema na visão. Em entrevista ao 97NEWS, o médico oftalmologista Marlúcio Abreu filho alertou os perigos, e entre elas, o tempo de dissolução da lágrima ou "olho seco", tudo em decorrência do uso do tablets ou smartphones por 2 ou 3 horas por dia, em média. "Quando olhamos para telas de smarthphones, tabletes e computadores por muito tempo, por haver menor distância de visão em telas significativamente menores, piscamos menos. Isso faz com que haja maior esforço dos olhos e, assim, adquirimos a chamada vista cansada. Isso pode levar a evaporação mais rápida do canal lacrimal e, consequentemente, evoluir para a síndrome do olho seco, que é quando a produção de lágrimas é menor do que deveria e provoca uma anomalia na produção natural de muco e lubrificação do órgão da visão", relata Abreu. O médico ainda esclarece que o uso abusivo do smartphone pode atrapalhar no desenvolvimento da criança. "Tal situação, muitas vezes incômoda, pode afetar negativamente a visão da criança e, consequentemente, prejudicar seu desempenho escolar". Segundo o oftalmologista, devemos piscar o mesmo número de vezes que respiramos. Ou seja 16 vezes por minuto, em média. "Quem usa o celular, por exemplo, tem uma redução no número de piscadas e, como consequência, a quantidade de lágrimas sobre a superfície da córnea fica reduzida", diz o profissional. De acordo com o médico, além da ardência, a visão pode ficar embaçada e parcialmente reduzida. “A longo prazo, isso pode provocar alterações na curvatura da córnea e até mudanças na graduação do olho”, esclareceu o oftalmologista Marlúcio Abreu Filho.