Brumado: Sessões da Câmara retornam para o período noturno, mas público ainda é tímido

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Quem acompanhava aquelas sessões acaloradas na Câmara de Vereadores de Brumado sempre às segundas-feiras a noite, com transmissões ao vivo por uma emissora de rádio local, recebiam informações de projetos, que até então eram desconhecidos pela população brumadense. Quando o assunto era polêmico, mesmo com a transmissão no rádio, a população fazia questão de ir até a Casa da Cidadania e ver de perto os debates entre vereadores de situação e oposição. Desde 2016, após uma recomendação do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), as sessões pararam de ser transmitidas, e ao longo desses anos, os edis tiveram que se contentar em realizar discursos apenas para o pequeno público que se fazia presente nas reuniões do Poder Legislativo. Também ao longo desses anos, para tentar aproximar o público da Câmara, os vereadores fizeram uma mudança regimental, e as sessões passaram a acontecer sempre nas manhãs de sextas-feiras. Mas mesmo com as reuniões acontecendo no período matutino, a Casa Legislativa continuava vazia, e os debates, que antes eram acalorados, passaram a ficar mornos e com pouco destaque, com exceção para a mídia local, que as vezes dava foco para algum projeto de Lei que era colocado em pauta. Enfim, o assunto foi "mote" para vários vereadores que passaram pela Câmara, e aos que hoje estão no poder e mais uma vez tentando resgatar esse público para as reuniões, o Poder Legislativo novamente mudou as sessões para as segundas-feiras à noite. Mas o que chamou a atenção é que, na última reunião do dia 02 de setembro que voltou a acontecer as 18h, a população brumadense continua não tendo interesse em participar dos debates. Para os críticos da política local, é necessário impulsionar esse interesse e que seja feito uma educação política e cívica que mostre a política como um caminho legítimo para transformações sociais e os forneça uma preocupação social coletiva. Além disso, segundo a crítica local, um dos grandes motivos do desinteresse na área é que a política institucional não faz parte dos interesses imediatos dos brumadenses, e isso gerou uma descrença de um modo geral, tanto no Legislativo como no Executivo.