A decisão pela doação de órgãos, quando autorizada pela família de um paciente que acaba de morrer, desencadeia uma corrida contra o tempo. Realizar exames, confirmar diagnóstico, acionar os órgãos reguladores, cumprir os trâmites burocráticos e finalmente fazer a cirurgia de retirada de órgãos, chamada captação. Tudo em menos de 24 horas. Foi o que aconteceu pela primeira vez no Hospital Municipal Professor Magalhães Neto, em Brumado. O processo inédito começou na manhã do último sábado (13), quando a equipe de profissionais do HPMN, após a realização de vários testes e exames, confirmou a morte encefálica de um paciente internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O diagnóstico é a única causa de óbito que pode resultar em doação. Em seguida, o hospital comunicou ao Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde. Com autorização da família, o procedimento para captação dos órgãos durou aproximadamente quatro horas e envolveu uma equipe da Central de Transplantes da Bahia, coordenada pelo cirurgião Avio Mota Brasil Neto. Para os profissionais envolvidos no procedimento, “por ter sido a primeira vez, gerou uma ansiedade, mas ocorreu tudo da melhor maneira possível e representou um aprendizado enorme”.