Sem acesso a caminhões-pipa, comunidades ficam até dois meses desabastecidas na zona rural de Brumado

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

O problema vem se agravando há alguns meses em algumas comunidades rurais do município de Brumado, que chegam a espera até por dois meses pelo abastecimento de água por meio de caminhão-pipa, a ser enviado pela Operação Pipa do Exército Brasileiro. A situação vem se agravando em várias regiões da cidade, devido a questões burocráticas, o órgão não consegue trabalhar em parceria com a prefeitura para chegar em todas as comunidades do Interior. Segundo Márdio David Alves que atua na Secretaria de Recursos Hídricos, cerca de 30 localidades enfrentaram falta de água no mês de junho. "A planilha deveria ser elaborada pela secretaria de agricultura do município, mas só que isso não acontece. Quem faz esse trabalho é o Exército, realizando a vistoria, mas eles não contempla todas as comunidades, porque eles não conhecem a fundo todas as localidades. E nós que somos daqui, conhecemos a nossa zona rural", diz Márdio. O quadro de desabastecimento piorou nos últimos dias em Brumado. O nível dos reservatórios vem caindo. "Nesse início de mês já detectamos 19 comunidades desabastecidas, então não tem a participação do município, e a gente é que sabe as localidades que mais precisa. Muitas vezes há comunidades que ficam até dois meses sem o bastecimento" afirma David. 

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

Conforme o integrante da secretaria, as localidades rurais estão recebendo água de forma precária, e o Exército tem que rever a situação. "A comunidade de Sucuruiú ficou dois meses sem água, e nós não temos como mudar essas planilhas do Exército, são normas que já vem prontas para a prefeitura", esclareceu. Outra burocracia enfrentada pelas comunidades rurais é a distribuição da água através de controladores, o que segundo o membro da pasta, trás muitas dificuldades para aqueles que não tem condições de se locomover até certas distâncias para buscar a água. "É uma norma que já vem de muitos anos praticada pelo governo federal, mas que infelizmente deixa de atender idosos e pessoas com deficiência que moram ha alguns quilômetros do controlador", relata. Conforme David é preciso que os poderes públicos se unam e montem uma comissão para que possam ir até o governo federal, e busque uma solução para o problema que pode se agravar ainda mais. "O governo federal deveria rever essa situação para tentarmos melhorar o atendimento à estas comunidades. Então a gente deve melhorar", completou.