Mapeamento aéreo com Drone para cálculo de IPTU gera polêmica em Brumado

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

Com o uso de drone para mapeamento, a prefeitura de Brumado atualizou toda a área urbana do município, só que com essa atualização, além das cobranças, os moradores passaram a receber no carnê do IPTU, a foto aérea e da frente de suas residências. Uma medida tomada pelo município que não agradou a todos. Um dos vários questionamentos da população é: "Será que essa metodologia é capaz de prever possíveis distorções e corrigi-las, do modo a não comprometer o tamanho exato do imóvel?". Segundo a prefeitura, de forma simples, o processo consiste em capturar imagens aéreas do município e após processar essas imagens e corrigir os erros de distorções e do relevo são gerados produtos cartográficos capaz de mensurar o terreno de forma remota. Ainda conforme apurou o 97NEWS, a empresa contratada já realizou recadastramento em um grande número de imóveis da cidade. Para a administração municipal os drones são uma solução rápida e barata. E, por isto, estão em sintonia com a filosofia adotada. Já a população não gostou muito da ideia de ter sua residência fotografada sem autorização. 

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

De acordo com alguns moradores que procuraram a nossa Redação, eles se surpreenderam ao receberem o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) com as fotos de suas casas sem ao menos receberem um comunicado da prefeitura pedindo autorização para o uso das imagens. "Recebi em minha residência o boleto com imagens feitas por um drone mostrando meu imóvel. Além disso eles disseram que minha casa cresceu e terei de pagar mais caro pelo IPTU", relatou o morador. “Eles calcularam a metragem da minha casa, dizendo que a mesma tem 183 m², quando, na verdade, o que está no projeto é 162 m²”, afirmou. O morador do bairro Baraúnas criticou que a rua não tem calçamento, bem como carece de várias outras melhorias, as quais deveriam estar sendo feitas com o valor pago pela população através do imposto. “Pra atualizar e cobrar esse IPTU mais caro, no mínimo, eles deviam fazer o básico, que é o calçamento da rua”, cobrou. No final do ano passado, a Câmara Municipal de Vereadores retirou de pauta um projeto do executivo que visava a atualização do IPTU. A administração alega que o imposto está há 15 anos sem ser reajustado. Mesmo sem a aprovação no legislativo, a prefeitura tem utilizado drones para mapear as residências, comprovar o tamanho da área construída e atualizar o imposto sobre os imóveis.