Engenheiro diz que estrutura da Embasa em Brumado hoje é defasada

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

Com estrutura ultrapassada, sistema de esgotamento sanitário em Brumado terá que ser removido e reconstruído, segundo o engenheiro civil Robson Guerra. O representante da empresa Previsam, é mais um que participou na última sexta-feira (8) da audiência pública realizada pelo município para apresentar o processo de licitação. O processo deve ser aprovado em 180 dias. Para o engenheiro, após visitas em algumas Estações de Tratamento de Água (ETA) e, até mesmo no processo de decantação do esgoto, como por exemplo, no bairro Urbis II, é possível constatar que é muito deficitária. "Podemos observar que nessas estações não há um funcionário manobrando os equipamentos. O local estava abandonado", relatou. Ele ainda destacou a falta de equipamentos reservas em estações de grande importância. "Nós visitamos uma elevatória que existe na comunidade de Lagoa Funda, e podemos observar que a elevatória não possui uma bomba reserva. E se esse equipamento queimar? A comunidade vai ficar vários dias sem água por conta disso", relatou o engenheiro. Após 46 anos de domínio como concessão, a empresa não possui um plano de urgência e emergência. Agora com o processo de licitação iniciado, o prazo de retorno para a população poderá ser rápido. "Essas questões de segurança como por exemplo, aumentar a pacacidade de armazenamento de água nas estações podem contribuir em casos de queima de bomba", comentou. Quanto ao esgotamento sanitário, Guerra salientou que há anos sem o tratamento adequado, Brumado investiu muito na saúde, algo que poderia ter sido evitado com investimentos no saneamento básico. “A cada R$ 1 investido em saneamento básico, você economiza R$ 4 em saúde. Isso nos tempos atuais de hoje é inadmissível”, declarou. O engenheiro ainda lamentou que, se investiu muito em caminhões pipas na zona rural, ao invés de construir redes que pudessem atender essas comunidades. "Eu não entendo, se há 20 anos tivessem feito redes até as comunidades, o custo seria muito menor, do que se tivesse levando por caminhões". Ele completou ainda dizendo que a situação foi tratada como "palanque político, ou seja, de alguma forma, a curto prazo, alguém falou. Opa, eu vou ganhar nome com isso, porque eu vou indicar o caminhão pipa para aquela comunidade", disse ao 97NEWS o engenheiro Robson Guerra.