Brumadinho pode ter surto de doenças infecciosas, diz Fiocruz

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Em estudo publicado nesta terça (5), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) concluiu que a população afetada pelo rompimento da barragem em Brumadinho corre risco de surto de doenças como febre amarela, dengue, esquistossomose e leptospirose, além do agravamento de doenças respiratórias, problemas de hipertensão e transtornos mentais como depressão e ansiedade. Também há risco de problemas respiratórios e de pele, principalmente a partir do momento em que a lama começar a secar, porque ela se transforma em poeira e a população passa a ter contato com ela. Esses efeitos podem começar a ser sentidos já nas próximas semanas, mas alguns serão vistos apenas a longo prazo, como, por exemplo, a contaminação por chumbo, cádmio e mercúrio, que já foram identificados na lama. As consequências do rompimento podem, também, "se estender por centenas de quilômetros do local de origem", de acordo com os autores. A população pode, ainda, ser afetada por problemas ligados à contaminação da água do rio Paraopeba, afirmou Freitas. Outras doenças transmitidas pelo contato com água contaminada, como esquistossomose e leptospirose, também podem ter aumento no número de casos, segundo o estudo divulgado na terça (5) pela Fiocruz.