Brumadinho: Baiano é demitido da Vale dois meses antes da tragédia; filho morreu

Foto: Reprodução l TV Bahia

O pai do baiano Edinilson dos santos Cruz, de 23 anos, um dos mortos na tragédia de Brumadinho (MG), trabalhava com o filho até cerca de 2 meses atrás. Edmilson Evangelista da Silva, de 42 anos, contou que também era terceirizado da Vale e, que caso não tivesse sido desligado da empresa, estaria na área atingida pelo mar de lama no momento em que a barragem rompeu e atingiu o Córrego do Feijão. "Me mandaram embora dois meses antes de acontecer. Eu estava trabalhando fora, próximo à São Paulo”, disse, emocionado. Ao G1, o pai contou que Ednilson trabalhava no terreno da Vale no momento em que a barragem de rejeitos rompeu. O mecânico ficou desaparecido por três dias. O corpo do jovem, que nasceu em Santo Amaro, no recôncavo baiano, foi achado por familiares, na segunda-feira (28). O pai dele contou que o sepultamento foi custeado pela Vale. Contudo, de acordo com Edmilson, a empresa ainda não procurou a família para falar sobre a tragédia. Outros seis baianos ainda não foram encontrados. O último boletim divulgado sobre o número de vítimas, na tarde desta quarta-feira (30), aponta 99 mortos e 259 desaparecidos no acidente. Ednilson era casado e a esposa dele está grávida de uma menina. De acordo com o pai da vítima, a mulher pode dar à luz a qualquer momento. De acordo com o G1, os baianos foram identificados, na ordem, como Ademário Bispo, de 51 anos, Alex Mário Moraes Bispo, de 22, George Conceição de Oliveira, de idade não divulgada, Cássio Cruz Silva Pereira, de 27 anos, Carlos Augusto Santos Pereira, de 49, e Tiago Coutinho do Carmo, de 34. As buscas pelos desaparecidos, que começaram ainda na sexta-feira, completaram sete dias nesta quinta (31).